ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Um dos momentos do Sínodo sobre a sinodalidade em andamento na Sala Paulo VI, no Vaticano (Vatican Media) Um dos momentos do Sínodo sobre a sinodalidade em andamento na Sala Paulo VI, no Vaticano (Vatican Media)

Sínodo: Pe. Rush, atenção às armadilhas sobre modos de pensar que não são de Deus

"Essas armadilhas podem consistir em estar ancorado exclusivamente no passado, ou exclusivamente no presente, ou em não estar aberto à futura plenitude da verdade divina para a qual o Espírito da Verdade está conduzindo a Igreja. Discernir a diferença entre oportunidades e armadilhas é a tarefa dos fiéis - leigos, bispos e teólogos - todos, como ensina a Gaudium et Spes", afirma o teólogo australiano Ormond Rush, padre sinodal no Sínodo em andamento no Vaticano sobre a sinodalidade

Pope

Ouça a reportagem e compartilhe

"Durante as quatro sessões do Concílio, um dos principais pontos de tensão recorrentes foi a questão da tradição". Foi o que lembrou o padre Ormond Rush, teólogo australiano, falando esta segunda-feira (23) na 16ª Congregação Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade, em andamento na Sala Paulo VI, no Vaticano, até o próximo domingo, 29 de outubro.

Há uma tradição distorcida e uma tradição legítima

De acordo com o Concílio, há três "maneiras interconectadas pelas quais o Espírito Santo guia o desenvolvimento da tradição apostólica: o trabalho dos teólogos, a experiência vivida pelos fiéis e a supervisão do magistério". "Parece uma Igreja sinodal", comentou o teólogo, citando o pensamento de Joseph Ratzinger sobre o assunto:

"Nem tudo o que existe na Igreja deve por isso ser também uma tradição legítima. Há uma tradição distorcida e uma tradição legítima. Consequentemente, a tradição não deve ser considerada apenas afirmativamente, mas também criticamente; temos a Escritura como critério para essa indispensável crítica da tradição, e a tradição deve, portanto, ser sempre referida e medida em relação a ela".

A Palavra de Deus é uma realidade dinâmica e viva

Um tema também abordado pelo Papa Francisco em seu discurso por ocasião do 25º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica: "A tradição é uma realidade viva e somente uma visão parcial considera o 'depósito da fé' como algo estático. A Palavra de Deus não pode ser coberta como um cobertor velho em uma tentativa de manter os insetos longe! Não. A Palavra de Deus é uma realidade dinâmica e viva, que se desenvolve e cresce porque visa a uma realização que ninguém pode impedir".

A revelação divina, "um encontro contínuo no presente"

Na Dei Verbum, enfatizou o teólogo australiano, a revelação divina "é apresentada como um encontro contínuo no presente, e não apenas como algo que aconteceu no passado".

Daí, a necessidade de "estarmos atentos para as armadilhas, onde podemos ser atraídos para formas de pensar que não são de Deus". "Essas armadilhas - concluiu ele - podem consistir em estar ancorado exclusivamente no passado, ou exclusivamente no presente, ou em não estar aberto à futura plenitude da verdade divina para a qual o Espírito da Verdade está conduzindo a Igreja. Discernir a diferença entre oportunidades e armadilhas é a tarefa dos fiéis - leigos, bispos e teólogos - todos, como ensina a Gaudium et Spes".

(com Sir)

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

23 outubro 2023, 13:53