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O cardeal Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim, na Índia, e um dos nove membros do Conselho de cardeais que ajuda o Papa Francisco no governo da Igreja universal, presidiu este domingo (22) a Missa na paróquia de Roma da qual é titular: São Paulo da Cruz, em Corviale. Foi uma oportunidade de celebrar junto com a comunidade o santo padroeiro desta paróquia suburbana no dia da memória litúrgica de São João Paulo II (que esteve nesta igreja em 1992), e também no Dia Mundial das Missões, em uma paróquia que, ao longo de sua história, viu muitos missionários se sucederem em seu serviço, que depois continuaram seu caminho pelo mundo inteiro.

Eminência, o que emerge dessa sessão do Sínodo?

No final da semana, divulgaremos uma carta ao povo de Deus da qual emergirão esperança e encorajamento para todas as pessoas e a alegria de sermos discípulos de Cristo.

Houve algum tema que emergiu das discussões mais do que outros?

Sinodalidade, a visão do Papa Francisco de fazer de toda a Igreja uma família da qual todos participam e da qual todos fazem parte; como diz o Santo Padre, ninguém está fora da Igreja, todos os batizados, todos aqueles que querem entrar na Igreja, são convidados como discípulos de Cristo, abraçando o Evangelho, como Jesus nos chamou a fazer.

Outra questão que infelizmente tem marcado esses dias é a guerra na Terra Santa, que segue a que vem causando morte e destruição na Ucrânia há quase dois anos. O que a Igreja pode fazer?

Estamos orando e o Papa está dando muitos passos pela paz, e isso serve de exemplo para todos os fiéis: a tarefa da Igreja é trabalhar pela paz. Há o temor de que o sofrimento aumente para os povos envolvidos e, por isso, o Papa tem orado muito e nós seguimos em frente com a esperança que nos vem do Cristo ressuscitado.

O Papa insiste na defesa da criação, à qual dedicou uma Encíclica e a última Exortação Apostólica Laudate Deum. Qual é a situação na Índia, que já se tornou o Estado mais populoso do mundo?

O fenômeno das mudanças climáticas na Índia não causou nenhum grande movimento migratório interno até agora, mas a Igreja está na linha de frente da defesa da criação, assim como o governo, e estamos trabalhando muito em nível cultural para que o cuidado com a criação se torne uma prioridade para todos.

Como é seu relacionamento com sua paróquia em Roma?

Meu relacionamento com a paróquia de São Paulo da Cruz é muito bonito, as pessoas são muito gentis e acolhedoras, assim como o pároco, padre Roberto. É sempre uma alegria vir aqui, conhecer a comunidade e rezar juntos.

(Sir)