No ²¹²Ô¾±±¹±ð°ù²õ¨¢°ù¾±´Ç de independ¨ºncia da ?ndia, crist?os rezaram pela paz no pa¨ªs
No último dia 15 de agosto a Índia comemorou, solenemente, seu 75º aniversário de independência. A comunidade católica indiana também comemorou este importante aniversário como uma oportunidade para refletir sobre as luzes e sombras da Índia de hoje. Neste sentido, foi bastante significativa a celebração que se realizou no distrito de Kandhamal, em Orissa, lugar onde, entre 2007 e 2008, foi palco da dura perseguição contra os cristãos pelos fundamentalistas hindus.
Centenas de fiéis, sacerdotes, religiosos, religiosas e estudantes reuniram-se na Igreja paroquial de Nossa Senhora da Caridade, em Raikia, para rezar pelo país, neste dia que coincide com a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora.
Em sua homilia, o padre Pradosh Chandra Nayak, vigário geral para a Arquidiocese de Cuttack-Bhubaneswar, disse que ¡°Maria foi isenta do pecado. Por isso, Deus a levou, de corpo e alma, para o Céu ao término da sua vida terrena. Nós também podemos ser livres do pecado da corrupção, do ódio, do ciúme, da vingança, na Índia independente¡±. E concluiu: ¡°A liberdade comporta responsabilidade. Como Maria, que acompanhou Jesus em seu crescimento, também nós podemos contribuir, pessoalmente, para o desenvolvimento da Índia, onde o amor, a fraternidade e a unidade possam se difundir, prescindido da casta, crença e cor da pele¡±.
Runita Malick, estudante da 10ª série, contou ter rezado a Nossa Senhora pelo seu país, a Índia, "pela paz, harmonia, segurança e incolumidade das minorias, como os cristãos, muçulmanos, budistas, jainistas e todas as outras pessoas de maioria hindu¡±.
Já uma jovem tribal católica, da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, em Bamunigam, onde teve início a primeira onda de violência anticristã em 24 de dezembro de 2007, contou que rezou também por Droupadi Murmu, primeira presidente tribal da Índia¡±.
Os cristãos Dalits também participaram das comemorações nacionais em Orissa. Um de seus representantes, Prasna Bishoyi, perguntou: "Quando também poderemos celebrar a nossa verdadeira independência? Nós, Dalits, minoria no país, ainda somos considerados cidadãos de segunda classe na Índia. Em nome da religião, casta, classe e setor do trabalho, somos discriminados e oprimidos. Os ataques aos cristãos constituem uma grave violação do direito das minorias de praticar a sua fé, sem medo. Rezemos pelo nosso país, o povo e os governantes, a fim que, por intercessão de Maria, Deus abençoe a todos nós".
Simanchal Digal, diretor da Escola Secundária feminina Santa Catarina, em seu discurso por ocasião da festividade nacional, afirmou: "Recordamos, hoje os combatentes pela liberdade, os líderes que sacrificaram suas vidas para trazer a liberdade ao nosso país. Assim como eles foram fiéis, também nós devemos construir uma nação, onde reina a paz e a harmonia".
No entanto, precisamente nesta ocasião, os cristãos indianos se defrontaram também com um novo gesto de intolerância: em Bellary, no Estado de Karnataka, um cristão foi detido pela polícia apenas por ter exposto uma bandeira indiana, na qual havia escrito o nome de Jesus. Por isso, foi denunciado pelos nacionalistas hindus.
*Com Asianews
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