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Os ãDz representam cerca de 2,3% da população da ÍԻ徱. Os ãDz representam cerca de 2,3% da população da ÍԻ徱. 

No Ծá de independência da ÍԻ徱, ãDz rezaram pela paz no país

Os ãDz do distrito de Kandhamal, no Estado indiano de Orissa, ainda esperam por justiça e continuam sofrendo as consequências do massacre mais sangrento de ãDz ocorrido na ÍԻ徱 nos últimos três séculos. Uma verdadeira chacina, com assassinatos, violência, estupros e saques desencadeados em 23 de agosto de 2008 por fundamentalistas hinduístas após o assassinato do líder hindu Swami Laxmanananda Saraswatidi, pelo qual sete ãDz inocentes foram injustamente acusados e presos.

No último dia 15 de agosto a Índia comemorou, solenemente, seu 75º aniversário de independência.  A comunidade católica indiana também comemorou este importante aniversário como uma oportunidade para refletir sobre as luzes e sombras da Índia de hoje. Neste sentido, foi bastante significativa a celebração que se realizou no distrito de Kandhamal, em Orissa, lugar onde, entre 2007 e 2008, foi palco da dura perseguição contra os cristãos pelos fundamentalistas hindus.

Centenas de fiéis, sacerdotes, religiosos, religiosas e estudantes reuniram-se na Igreja paroquial de Nossa Senhora da Caridade, em Raikia, para rezar pelo país, neste dia que coincide com a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

Em sua homilia, o padre Pradosh Chandra Nayak, vigário geral para a Arquidiocese de Cuttack-Bhubaneswar, disse que “Maria foi isenta do pecado. Por isso, Deus a levou, de corpo e alma, para o Céu ao término da sua vida terrena. Nós também podemos ser livres do pecado da corrupção, do ódio, do ciúme, da vingança, na Índia independente”. E concluiu: “A liberdade comporta responsabilidade. Como Maria, que acompanhou Jesus em seu crescimento, também nós podemos contribuir, pessoalmente, para o desenvolvimento da Índia, onde o amor, a fraternidade e a unidade possam se difundir, prescindido da casta, crença e cor da pele”.

 

Runita Malick, estudante da 10ª série, contou ter rezado a Nossa Senhora pelo seu país, a Índia, "pela paz, harmonia, segurança e incolumidade das minorias, como os cristãos, muçulmanos, budistas, jainistas e todas as outras pessoas de maioria hindu”.

Já uma jovem tribal católica, da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, em Bamunigam, onde teve início a primeira onda de violência anticristã em 24 de dezembro de 2007, contou que rezou também por Droupadi Murmu, primeira presidente tribal da Índia”.

Os cristãos Dalits também participaram das comemorações nacionais em Orissa. Um de seus representantes, Prasna Bishoyi, perguntou: "Quando também poderemos celebrar a nossa verdadeira independência? Nós, Dalits, minoria no país, ainda somos considerados cidadãos de segunda classe na Índia. Em nome da religião, casta, classe e setor do trabalho, somos discriminados e oprimidos. Os ataques aos cristãos constituem uma grave violação do direito das minorias de praticar a sua fé, sem medo. Rezemos pelo nosso país, o povo e os governantes, a fim que, por intercessão de Maria, Deus abençoe a todos nós".

Simanchal Digal, diretor da Escola Secundária feminina Santa Catarina, em seu discurso por ocasião da festividade nacional, afirmou: "Recordamos, hoje os combatentes pela liberdade, os líderes que sacrificaram suas vidas para trazer a liberdade ao nosso país. Assim como eles foram fiéis, também nós devemos construir uma nação, onde reina a paz e a harmonia".

No entanto, precisamente nesta ocasião, os cristãos indianos se defrontaram também com um novo gesto de intolerância: em Bellary, no Estado de Karnataka, um cristão foi detido pela polícia apenas por ter exposto uma bandeira indiana, na qual havia escrito o nome de Jesus. Por isso, foi denunciado pelos nacionalistas hindus.

*Com Asianews

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17 agosto 2022, 14:42