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Na quarta-feira, 8 de setembro, a Assembleia Sinodal da Igreja Assíria do Oriente que estava reunida em um sínodo eletivo, elegeu seu novo Patriarca. Trata-se de Mar Awa Royel que assume depois das demissões de Mar Gewargis III Sliwa por motivos de saúde. O sínodo eletivo foi realizado na Igreja Assíria de São João Batista em Ankawa, um subúrbio de Erbil, região do Iraque habitada principalmente por cristãos.

Um dom do Senhor

"Acreditamos que a eleição patriarcal seja um dom do Senhor, portanto, dependemos de suas bênçãos e da graça de Deus e das orações dos fiéis. Isso é uma responsabilidade muito sublime e muito alta, mas o Senhor a dá como quer", disse Royel à Agência Rudaw após sua eleição. "A Igreja Assíria gostaria de salientar o fato de que nossas raízes estão aqui no Iraque, nesta terra abençoada, e também nesta região", acrescentou o novo Patriarca. A Sé Patriarcal Assíria, após o exílio do Patriarca Mar Eshai Shimun XXIII, havia deixado o Oriente Médio em 1933 e estava localizada em Chicago, EUA. Durante os anos do gabinete patriarcal de Mar Gewargis, a Sé patriarcal da Igreja Assíria do Oriente voltou ao Oriente Médio, em Erbil, a capital do Curdistão iraquiano.

Nossas raízes estão aqui

"Ao trazer de volta a Sé patriarcal, desde 2015, com a eleição de sua santidade Mar Gewargis e agora com esta eleição, a igreja quer enfatizar que nossas raízes estão aqui e as manteremos aqui pela graça de Deus, para que nossa igreja e nosso povo possam permanecer e continuar a manter sua herança, e sua língua, e sua cultura e civilização", afirmou Mar Awa Royel. Royel serviu anteriormente como bispo, presidindo a diocese da Califórnia. Foi o primeiro bispo americano da Igreja Assíria do Oriente. Também serviu como secretário do Santo Sínodo da Igreja desde 2015.

Cristãos no Iraque

Restam apenas algumas centenas de milhares de cristãos no Iraque. Após a invasão liderada pelos EUA em 2003, a guerra sectária levou os seguidores das múltiplas denominações cristãs do Iraque a fugir, e os ataques do Estado Islâmico (ISIS) em 2014 atingiram com especial força as comunidades minoritárias. De acordo com dados do arcebispo caldeu Erbil Bashar Warda, havia mais de um milhão de cristãos no Iraque antes de 2003. Hoje permanecem menos de 300.000, muitos deles residem na região do Curdistão.

(Fonte: Rûdaw)