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2024.09.27 Viaggio Apostolico in Belgio - Incontro con gli anziani presso la Home Saint-Joseph a Bruxelles

Dom Paglia: come?ar novamente pelos idosos para um desenvolvimento inclusivo

O presidente da Pontif¨ªcia Academia para a Vida e da Funda??o Grande Idade apresentou nesta segunda-feira (02/12), em Roma, a Carta pelos Direitos dos Idosos e os Deveres da Comunidade aos embaixadores do Bahrein, Emirados ?rabes Unidos, Iraque, Kuwait, Marrocos, Qatar, °Õ³Ü²Ô¨ª²õ¾±²¹, I¨ºmen e da Liga dos Pa¨ªses ?rabes. Na terceira idade n?o h¨¢ pensamento pol¨ªtico, cultural, espiritual e social, disse ele, a longevidade muda nossa rela??o com a exist¨ºncia.

Tiziana Campisi - Pope

¡°Uma sociedade e uma democracia 'alta' devem ser capazes de oferecer aos seus cidadãos idosos¡± um "senso civil maduro dos direitos e deveres", "começando pelos idosos, colocando-os no centro das atenções", pode promover "um desenvolvimento inclusivo e amplo". Foi o que destacou nesta segunda-feira (02/12) dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida e da Fundação Idade Grande, durante a mesa redonda ¡°Repensar a presença dos idosos nas sociedades árabe e europeia¡±, realizada no Palazzo San Calisto, em Roma, onde apresentou a Carta pelos Direitos dos Idosos e Deveres da Comunidade aos embaixadores do Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Kuwait, Marrocos, Qatar, Tunísia, Iêmen e da Liga dos Países Árabes.

Esse é o resultado do trabalho da ¡°Comissão para a reorganização da assistência à população idosa¡±, criada pelo Ministério da Saúde da Itália para responder às necessidades dos idosos. Na Itália, a Carta é o quadro teórico de referência da Lei 33, a nova lei sobre assistência aos idosos, que prevê ¡°a responsabilidade de toda a sociedade pelos seus idosos, para que ninguém fique sozinho¡±. Com a convicção de que o idoso, de um problema, pode se tornar uma oportunidade para o crescimento de toda a sociedade¡±.

Há uma falta de reflexão adequada sobre a terceira idade

Sobre os idosos ¡°não há uma reflexão adequada: não há pensamento político, cultural, espiritual, social¡±, observou dom Paglia, ¡°a longevidade não é um simples acréscimo temporal, ela muda profundamente nossa relação com a existência¡±. Com base nessas premissas, a Comissão para a Reorganização do Atendimento aos Idosos ¡°considerou importante dedicar-se também à elaboração de uma Carta sobre o Atendimento aos Idosos¡±.

O documento é dividido em três capítulos, lembrou o prelado, que estabelecem ¡°certos princípios organizados em torno de perspectivas unitárias¡±. Assim, o primeiro capítulo é dedicado à proteção da dignidade do idoso e especifica que ¡°a pessoa idosa tem o direito de determinar de forma independente, livre, informada e consciente suas próprias escolhas de vida e as principais decisões que a afetam¡± e, além disso, que ¡°é dever dos membros da família e de todos aqueles que interagem com a pessoa idosa fornecer a ela todas as informações e conhecimentos necessários para a autodeterminação livre, plena e consciente, devido à sua condição física e cognitiva¡±. Tudo isso porque a perda de certas habilidades físicas e instrumentais da pessoa idosa para viver a vida cotidiana ¡°não deve se transformar automaticamente em um julgamento de incapacidade de decidir¡± e levar a decisões tomadas pela família, cuidadores ou administradores de apoio.

Garantia de uma vida de relações

O segundo capítulo da Carta diz respeito aos direitos e deveres para o cuidado responsável; sobre a saúde e a assistência social há, de fato, ¡°o direito ao conhecimento das possíveis alternativas, dos prós e contras de cada uma, na moderna complexidade dos percursos terapêuticos¡±, observou o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, acrescentando que alguns artigos do documento ¡°visam garantir aos idosos um cuidado da mesma qualidade daquele oferecido aos mais jovens¡± e enfatizando que os idosos também devem ter a garantia de atendimento domiciliar.

Quanto à terceira seção, ¡°dedicada à garantia de uma vida de relações, à liberdade de escolha da forma de coabitação, à luta contra a discriminação e ao apoio àqueles que cuidam dos idosos¡±, ele lembra a ¡°consciência de que os idosos, em sua fragilidade, dependem ainda mais das relações e do afeto, de uma rede de contatos cotidianos que os rodeie e apoie¡± e da ¡°luta contra todas as formas de marginalização e exclusão¡±. ¡°Muitas vezes nos esquecemos da verdadeira pandemia de solidão e isolamento social que precedeu a Covid-19 e que, com o vírus, literalmente explodiu nas residências¡±, disse dom Paglia, que considera "extremamente grave que muitos sejam deixados sozinhos em uma negligência social que logo e inexoravelmente se torna uma demanda de saúde".

Um novo renascimento

O presidente da Pontifícia Academia para a Vida continuou ilustrando a necessidade de centros de cuidados diurnos para pessoas que sofrem de demência ou outras patologias crônicas incapacitantes ¡°na dupla função de centros de animação e cuidados¡±, e ¡°de requalificação urbana, mas também social¡±, e pediu que os sistemas sociais e de saúde se empenhem ¡°em um esforço de transparência e de luta contra as práticas abusivas, para que não sejam mais toleradas situações de verdadeira exploração dos idosos em casas ¡®abusivas¡¯ (às vezes verdadeiros lagers) sem regras de credenciamento, sem transparência e sem controles¡±.

Concluindo o discurso, o prelado enfatizou os aspectos positivos do cuidado com os idosos. Os idosos são um cruzamento de economias, aquela digital, de serviços, a economia verde e a de consumo¡±, concluiu dom Paglia, e a partir deles "haverá um novo renascimento".

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03 dezembro 2024, 12:41