Santa Sé: o racismo é uma afronta à dignidade
L'Osservatore Romano
“O primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Embora essa seja uma verdade fundamental reconhecida e que, com razão, seria considerada inegociável, a história tem mostrado que ela é constantemente questionada. De fato, os dados mais recentes mostram que quase 1 em cada 6 pessoas no mundo sofre discriminação, e a discriminação racial, baseada em fatores como etnia, cor ou idioma, está entre os motivos mais comuns": isso foi lembrado pelo arcebispo Gabriele Caccia, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, falando na última quinta-feira (07/11) em Nova York.
“Como o Papa Francisco afirmou claramente: 'não podemos tolerar ou fechar os olhos para qualquer tipo de racismo ou exclusão e afirmar que defendemos a sacralidade de toda vida humana'. O racismo”, continuou o arcebispo, "é uma afronta à dignidade intrínseca dada por Deus a todo ser humano, e qualquer teoria ou forma de racismo e discriminação racial é inaceitável".
“A igual dignidade de todo ser humano exige que nunca fechemos os olhos para o racismo ou a exclusão, mas sim que abracemos o 'outro' com abertura, reconhecendo a riqueza dos dons e a singularidade de cada pessoa e de cada povo.” Para o arcebispo Caccia, isso “requer uma mudança fundamental de atitude, começando com a disposição de se engajar no diálogo em um espírito de solidariedade e fraternidade para superar a indiferença e o medo”.
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