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Cardeal Parolin no encontro de C¨²pula sobre a paz na Ucr?nia, conclu¨ªd0 na ³§³Ü¨ª?²¹ Cardeal Parolin no encontro de C¨²pula sobre a paz na Ucr?nia, conclu¨ªd0 na ³§³Ü¨ª?²¹  (? KEYSTONE POOL / ALESSANDRO DELLA VALLE)

Parolin: di¨¢logo ¨¦ o ¨²nico caminho para uma paz justa na Ucr?nia

Na confer¨ºncia por uma solu??o para o pa¨ªs do Leste Europeu, conclu¨ªda no domingo, 16 de junho, na ³§³Ü¨ª?²¹, o cardeal secret¨¢rio de Estado se pronunciou como observador. Nas suas palavras o apelo ao ¡°di¨¢logo entre as partes¡±, bem como ao ¡°respeito pelo direito internacional¡± e ¡°pela soberania de cada pa¨ªs¡±. Forte tamb¨¦m o apelo do cardeal ¨¤ prote??o das crian?as e dos prisioneiros ¡°tanto civis como militares¡±.

Isabella Piro ¨C Cidade do Vaticano

¡°O único meio capaz de alcançar uma paz verdadeira, estável e justa é o diálogo entre todas as partes envolvidas¡±: foi o que reiterou com veemência o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, ao se pronunciar na qualidade de observador no domingo, 16 de junho, na cúpula de alto nível sobre a paz para a Ucrânia, iniciada no sábado em Bürgenstock, Suíça. Em nome do Papa Francisco, o cardeal confirmou a proximidade ¡°ao martirizado povo ucraniano¡±, recordando o ¡°constante esforço¡± do Pontífice ¡°em favor da paz¡±.

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Fornecer assistência e ajudar na mediação

 

Também central no discurso do secretário de Estado foi o encorajamento à comunidade internacional para "explorar formas para prestar assistência e ajudar na mediação, quer de natureza humanitária ou política", com os votos de que "o esforço diplomático promovido pela Ucrânia e apoiado por tantos países seja aperfeiçoado, de forma a alcançar os resultados que as vítimas merecem e que o mundo inteiro espera".

Parolin também sublinhou que a Santa Sé continua a empenhar-se ¡°em manter contatos constantes com as autoridades ucranianas e russas¡±, pronta também a ajudar na implementação de ¡°possíveis iniciativas de mediação¡± que sejam aceitáveis ??¡°para ambas as partes¡± envolvidas e que beneficiam ¡°as pessoas atingidas¡±.

Cardeal Parolin na cúpula de paz para a Ucrânia na Suíça
Cardeal Parolin na cúpula de paz para a Ucrânia na Suíça

Nunca se resignar à guerra

 

O cardeal manifestou então o seu apreço pelo encontro de cúpula, definindo-o como ¡°um evento de importância global¡±, preparado ¡°com atenção¡± pela Ucrânia, um país que, por um lado, dedica ¡°enormes esforços enormes para se defender contra a agressão¡±, mas, por outro lado, continua a trabalhar ¡°na frente diplomática¡± por ¡°uma paz justa e duradoura¡±. Isto porque, perante ¡°a guerra e as suas trágicas consequências, é importante nunca desistir - destacou o secretário de Estado -, mas continuar a procurar formas de pôr fim ao conflito¡±, fazendo uso da ¡°boa intenção , confiança e criatividade".

Respeito pelo direito internacional

 

Em outro ponto de seu discurso, o cardeal se concentrou, em particular, no ¡°respeito pelo direito internacional¡±, reiterando ¡°a validade do princípio fundamental do respeito pela soberania de cada país e pela integridade do seu território¡±.

Imperativa a repatriação de crianças

 

O pensamento do secretário de Estado voltou-se então para o tema do repatriamento de crianças, para o qual ¡°foi criado um mecanismo ad hoc para resolver casos concretos¡±, após a visita do cardeal Matteo Zuppi, na qualidade de Enviado Especial do Papa a Kiev e Moscou.

Neste sentido, Parolin definiu como ¡°imperativa¡± a necessidade de ¡°fortalecer todos os canais disponíveis para facilitar este processo¡±, destacando que ¡°deve ser uma prioridade absoluta¡±, também para evitar ¡°qualquer instrumentalização¡± da situação dos menores.

Cardeal secretário de Estado Pietro Parolin participou do encontro como observador
Cardeal secretário de Estado Pietro Parolin participou do encontro como observador

Preocupação com prisioneiros civis e militares

 

Outra questão crucial destacada pelo cardeal, é a dos prisioneiros, ¡°tanto civis como militares¡±, especialmente devido aos ¡°relatórios periódicos sobre o descumprimento das Convenções de Genebra¡±, especialmente a Quarta Convenção, que diz respeito mais diretamente aos civis. O cardeal expressou detalhadamente a preocupação da Santa Sé pela dificuldade de criar, ¡°juntamente com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, uma comissão médica mista que possa avaliar a situação dos prisioneiros de guerra que necessitam de cuidados médicos urgentes¡±.

A delegação da Santa Sé

 

Em Bürgenstock, o cardeal Parolin ¨C convidado conjuntamente pelos presidentes da Suíça e da Ucrânia, Viola Amherd e Volodymyr Zelensky respectivamente ¨C foi acompanhado pelo núncio apostólico na Suíça, dom Martin Krebs, e por monsenhor Paul Butnaru, funcionário da Seção para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais da Secretaria de Estado.

Na qualidade de observador e seguindo a prática de não assinar declarações conjuntas, a delegação da Santa Sé absteve-se de assinar o comunicado final dos trabalhos, ao mesmo tempo em que manifestou apoio às conclusões da cúpula, segundo declarado pelo próprio cardeal Parolin em seu pronunciamento.

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17 junho 2024, 14:20