Inaugurada Nunciatura em Chipre: casa de fraternidade, di¨¢logo e paz, diz Pe?a Parra
L'Observatore Romano
Uma casa de encontro, de fraternidade e de esperança, um tesouro de diálogo,caridade e paz. Esta é a imagem evocada pelo arcebispo Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado, para a Nunciatura Apostólica em Chipre, inaugurada nesta sexta-feira.
No seu discurso às autoridades religiosas e civis, dom Peña Parra leva a ¡°calorosa¡± saudação do Papa Francisco, recordando cinquenta anos de relações diplomáticas entre a Santa Sé e Chipre e sublinhando como a inauguração de uma Nunciatura Apostólica é um gesto diplomático e ao mesmo tempo pastoral e fraterna. Porque «a Igreja Católica sente-se em casa em cada nação», atuando «entre» os povos. A Nunciatura, recordou, é ¡°a casa do Papa¡± em um determinado país e como tal é chamada a promover um clima de ¡°familiaridade e fraternidade¡±.
Recordando a o substituto da Secretaria de Estado fez suas as palavras de Francisco quando, falando do país, mencionou a sua ¡°vocação inata para o encontro¡±.
Precisamente uma ¡°cultura do encontro¡± ¨C disse ¨C é chamada a promover o serviço diplomático da Santa Sé. A nunciatura surge, portanto, como «uma "arca¡± onde custodiar e conservar encontros preciosos»: uma «arca do diálogo» entre os católicos da região, na «riqueza» da variedade de origens e ritos, latinos e maronitas, e entre cristãos das diferentes confissões.
Cada Nunciatura, destacou ainda, é chamada a ser um centro onde se promove a fraternidade humana: um desafio que deve ser enfrentado ¡°nestes dias¡±. A referência é às migrações, ¡°realidade não isenta de problemas¡± que deve ser bem gerida, ¡°sobretudo por meio de um compromisso concreto e eficaz de toda a União Europeia ao regular as entradas e em particular na distribuição dos que são acolhidos¡±. Os votos, portanto, são de que a Nunciatura ¡°seja uma arca de caridade¡± para com os necessitados, mas também casa ¡°de esperança¡±.
Em Chipre, observou, abrir uma porta de esperança significa se deparar com uma ¡°ferida ainda aberta e sangrenta¡±, a divisão da ilha em duas, que remonta a 1974, quando as tropas turcas ocuparam parte de Chipre. O pensamento dirigiu-se ¡°a todos aqueles que não podem regressar às suas casas¡±, mas também às ¡°feridas sociais e pessoais causadas pela divisão da ilha e aos quatro vilarejos maronitas no norte do país, cuja identidade deve ser protegida¡±. Neste sentido, a exortação a fazer ¡°todos os esforços¡± para dar prioridade às necessidades da população.
Nesta perspectiva surge também a imagem de uma ¡°arca de paz¡± para a Nunciatura, em benefício dos povos de toda a região, pensando no Médio Oriente, ¡°tão próximo de nós, que guardamos no coração e nas orações com grande dor e preocupação."
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp