Jovens brasileiros e portugueses encontram o Papa ap¨®s a JMJ de Lisboa: miss?o cumprida!
Andressa Collet - Pope
Um grupo de centenas de pessoas que trabalharam na organização da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, em agosto deste ano, esteve no Vaticano nesta quinta-feira (30) para encontrar o Papa Francisco. Também estavam presentes, na Sala Paulo VI, "empresários que investiram e ajudaram na realização do evento", contou ao Pope a portuguesa Carolina Piedade. A jornalista visita a Itália pela segunda vez e fazia parte da delegação que participou da audiência, pois fez parte do Comitê Organizador Paroquial (COP) e atuou como voluntária para o site oficial da JMJ.
Carolina - "Inicialmente, pelo que eu percebi, era pra ser apenas 100 pessoas, só que nós, portugueses, gostamos de ir a tudo, então, acho que já estávamos em cerca de 800 pessoas inscritas para a audiência. A minha expectativa era conseguir vê-lo ainda mais de perto, porque na Jornada em Lisboa, eu tive a oportunidade de ficar no palco, durante a Vigília. Mas não consegui me aproximar tanto dele. E agora consegui vê-lo mesmo mais perto e consegui olhar para ele; não tão perto quanto gostaria, mas o perto que era possível. E o sentimento foi de alegria, quase como missão cumprida: Ok. Eu vim aqui, fiz essa viagem até Roma - que não estava planejada, para eu poder vê-lo mais de perto ainda e poder sentir toda aquela alegria através da JMJ que nós vivemos em agosto e, agora, voltarmos a viver outra vez, numa dimensão menor. Mas quando o Papa chegou começamos todos a gritar 'esta é a juventude do Papa' e voltamos a sentir toda aquela energia e positivismo que sentimos em agosto e toda a ligação e a conexão que nós tínhamos, e que era aquilo que nos ligava, que era a fé, e o ir ver o Papa e estarmos juntos por causa disso."
A saudade dos pastéis de Belém
O brasileiro Mateus Lino faz eco às palavras da jovem Carolina sobre a importância da audiência com o Papa Francisco há quase 3 meses do final da JMJ de Lisboa, como se fosse para "finalizar um ciclo". Ele foi voluntário na parte de Jornalismo e Comunicação do evento, em dias e meses desafiadores, porque lidavam com "a Igreja e com jornalistas do mundo inteiro" para passar a imagem de que a Jornada "se preocupa com todos, que o Papa se preocupa com todos".
O reencontro com Francisco voltou a ser uma experiência pessoal marcante para o jovem jornalista que recebeu um bênção do Papa há 2 anos, na mesma Sala Paulo VI. Desta vez, porém, Mateus viveu uma dimensão diferente, cheia de significados porque envolvia a JMJ. Antes da leitura do discurso do Pontífice por um representante da Secretaria de Estado, o Papa falou espontaneamente em espanhol ao saudar os presentes, como recordou Mateus:
"O Papa chegou na cadeira de rodas e, logo quando ele chegou, passou pelo público, cumprimentou todo mundo e ele foi falar - ele ainda está um pouco debilitado, em razão dessa questão gripal, que a gente percebeu nos últimos dias -, mas ele quis muito falar e agradecer às pessoas. Ele deu a sua breve palavra, brincou com o pastel de nata em Portugal, que foi para lá e comeu muito pastel de nata e estava com saudade de um pastel de nata; e logo depois, o porta-voz falou em nome dele, agradeceu todas as pessoas, todos os voluntários da JMJ e todas as pessoas que se empenharam também para que os jovens do mundo inteiro estivessem em Lisboa em agosto deste ano."
Todos somos um pouco "enfant terrible"
Já Carolina destacou a parte em que o Pontífice descreveu o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, dom Américo Aguiar, "o cardeal Américo que gosta de ser chamado de Padre Américo", disse o Papa, e não só.
Carolina - "Foi muito engraçado quando ele comentou sobre o dom Américo Aguiar, dizendo que ele era um 'enfant terrible', que significa uma criança terrível. Em português não soa tão bem quanto em francês, mas a tradução é basicamente dizer que dom Américo foi a pessoa que esteve mais agitada, mais entusiasmada para agir demais para que esta JMJ acontecesse. E isso acabou por englobar um pouquinho dos portugueses todos e das pessoas todas que fizeram parte da organização: porque todos acabamos sendo essa 'enfant terrible', porque estivemos muito ativos, nunca paramos."
Mateus - "Em agosto, eu não tive a oportunidade de encontrar com o Papa, porque como eu estava trabalhando como voluntário na Jornada o foco foi totalmente oferecer a melhor experiência para quem viesse para a JMJ. Aqui, no Vaticano, foi a minha Jornada: eu consegui me encontrar com o Papa agora e de todos os obstáculos que eu enfrentei para chegar até aqui, até o Vaticano, de ontem para hoje, eu acredito que esse momento valeu por tudo. Só de encontrar com o Papa e ver ele novamente, aquele olhar caridoso que nos olha e nos acolhe como Igreja e nos diz: nós temos lugar para o jovem na Igreja. E é isso que hoje o Papa nos se fala, nessa questão do 'todos, todos, todos', que o jovem ele tem um lugar na Igreja e não importa o que você fez, não importa o que você é: você tem um lugar na Igreja."
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