ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Busca

Mulheres no S¨ªnodo sobre a Sinodalidade Mulheres no S¨ªnodo sobre a Sinodalidade  (Vatican Media)

S¨ªnodo. As mulheres n?o s?o figurantes, mas um elemento din?mico da miss?o

A presen?a feminina na Igreja e a corresponsabilidade foram o tema da reflex?o espiritual feita, esta manh?, na assembleia na Sala Paulo VI por Madre Maria Ignazia Angelini do Mosteiro de Viboldone.

Paolo Ondarza ¨C Pope

Não se trata de reconhecimento e promoção em sentido mundano, mas de bem-estar da Igreja. Não é uma questão de direitos, mas de dons recebidos. Isto significa compreender e promover a missão da mulher dentro da comunidade eclesial, segundo Madre Angelini, religiosa beneditina que acompanha a reflexão espiritual do Sínodo sobre a Sinodalidade em andamento no Vaticano. Na introdução de sua reflexão, na manhã desta sexta-feira (13/10), a religiosa sublinhou a força do testemunho do confronto sinodal num momento em que ¡°assola o horror da espiral de violência¡±.

Ouça e compartilhe

Jesus e as mulheres

"A mulher é uma presença que - em passagens críticas, de rupturas e inquietadoras - intui o movimento da vida, tece relações novas, improváveis, pacientemente vai e dissolve conflitos". "Jesus", observou a irmã beneditina, "inovou, criou um estilo, em seu modo de se relacionar com as mulheres" e o Concílio Vaticano II "inaugurou um movimento de reforma que tinha sido interrompido". É precisamente a contribuição das mulheres que "alimenta incessantemente o dinamismo espiritual da reforma".

O grito das mulheres

Por esta razão, Madre Angelini apresentou aos participantes do Sínodo alguns exemplos de figuras femininas que no Novo Testamento animaram um verdadeiro caminho sinodal. O Evangelho de Lucas narra que da multidão se ergueu a voz: ¡°Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram.¡± Foi o grito de ¡°uma mulher anônima, tocada pela revelação de Jesus, que intui o mistério original da geração que se revela em Jesus¡±, explicou a religiosa. Um grito que lembra outros o de Maria nas Bodas de Caná, da samaritana, da cananeia ou de Maria Madalena. Gritos que exorcizam ¡°verbalismos e procedimentos¡± e iluminam ¡°a reunião questionadora deste Sínodo¡±.

Não apenas figurantes

As mulheres não são apenas figurantes, mas abrem espaços novos para a missão. Madre Angelini recordou que quando São Paulo desembarcou na Europa encontrou ¡°mulheres reunidas em oração, ao ar livre¡± e acolheu a sua linguagem. ¡°A humilde comerciante de púrpura, Lídia é a primeira fiel na Europa. Escuta a Palavra¡±, oferece uma casa aos apóstolos.

A casa, indispensável para ¡°sair¡±

¡°A casa de Lídia¡± ¨C prosseguiu a religiosa ¨C é aquela casa que Jesus convida a procurar em cada cidade quando envia os apóstolos: é ¡°um espaço feito de laços seguros e não de muros, que hoje precisa ser redescoberto em novas linguagens ??de acordo com a sabedoria original que talvez as mulheres entendam mais¡±. ¡°A casa-domus¡±, observou a religiosa, ¡°é indispensável para sair e anunciar a aproximação do Reino, lugar de laços confiáveis ??e nutritivos. Lugar de oração¡±. A este respeito, recordou o Concílio que, ao delinear a Igreja missionária, enfatiza a vida contemplativa.

Anunciador da ressurreição

¡°O anúncio da ressurreição é confiado a uma mulher¡±, observou Madre Angelini, que encoraja o Sínodo a se perguntar como a Igreja em saída pode atualizar hoje, ¡°numa cultura global que parece perder os seus contornos¡±, o estilo de Jesus. ¡°O início da missão evangelizadora na Europa leva a pensar¡±, concluiu.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

13 outubro 2023, 13:41