Professor Caffo: a prote??o de menores passa pela implementa??o das normas
Federico Piana - Pope
Há um objetivo principal discutido na reunião plenária da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores realizada no final de setembro no Vaticano, um ano após seu novo mandato e a renovação de seus membros. "Trata-se de reger as diretrizes para combater os abusos, que se tornaram um importante ponto de referência e são cada vez mais numerosos", resume o professor Ernesto Caffo, membro do órgão pontifício e presidente do Telefono Azzurro. Nessa frente, ele acrescenta, "as respostas que as conferências episcopais deram como parte de uma pesquisa sobre a implementação do motu proprio e também as outras indicações da Santa Sé" também foram levadas em consideração.
Conhecer para decidir
Essa necessidade de verificação constante e precisa decorre do fato de que uma verdadeira implementação das normas é cada vez mais necessária, o que não pode ser realizado sem uma boa formação humana e cultural. "Hoje", diz Caffo, "a existência de dados de verificação nos permitirá, em 2024, apresentar ao Santo Padre um relatório que conterá elementos de maior clareza e nos dará a oportunidade de comparar os resultados com os relatórios de outras agências internacionais. O conhecimento nos permite encontrar respostas direcionadas para cada realidade específica".
A dor pelas vítimas
Com um apelo sincero por ocasião do Sínodo dos Bispos, que será aberto em 4 de outubro, a Pontifícia Comissão voltou a expressar "profunda dor e solidariedade incondicional, em primeiro lugar, com as vítimas e sobreviventes de tantos crimes ignóbeis cometidos na Igreja". Uma indignação que também levou o órgão do Vaticano a lançar dois novos grupos de trabalho: "Um", explica Caffo, "que trata de pessoas idosas, mas frágeis, que são objeto de abuso e negligência, e o outro que trata da violência no mundo digital. Algumas das vítimas nos contaram suas experiências, expressando a necessidade de serem ouvidas".
Atenção aos movimentos
A plenária examinou as dificuldades encontradas pelas conferências episcopais e colocou em prática estratégias de ajuda ad hoc, como as da África, onde a Comissão Pontifícia lançou vários projetos de apoio. "Também falamos", concluiu Caffo, "sobre como envolver os movimentos eclesiais na proteção dos menores: faz parte do nosso mandato e por isso levamos em consideração a relação que deve ser estabelecida entre as estruturas diocesanas e as dos movimentos para evitar que surjam problemas e mal-entendidos".
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