Santa S¨¦ na ONU: que a ¨¦³Ù¾±³¦²¹ do bem comum governe as tecnologias digitais
Adriana Masotti - Cidade do Vaticano
Dom Gabriele Caccia examinou dois temas centrais em seu discurso proferido na quinta-feira, 31 de agosto, no Fórum das Nações Unidas: o impacto das tecnologias digitais na educação e seu papel na difusão de uma cultura do encontro e do diálogo, para concluir, retomando as palavras do papa Francisco, que a promoção de tal cultura ¡°é possível graças ao progresso tecnológico, se este for acompanhado de uma ética inspirada numa visão do bem comum¡±.
Inteligência artificial e a promoção da paz
Impossível não reconhecer as oportunidades e ao mesmo tempo os desafios que o progresso digital trouxe nos últimos anos ao compromisso de promover uma cultura de paz. Tanto é assim que, salienta o representante do Vaticano, o próprio Francisco optou por dedicar a sua à inteligência artificial em relação à paz.
A educação como formação integral da pessoa
Ao abordar a primeira questão central, ou seja, tecnologias e formação, o prelado destacou que ¡°uma dependência excessiva delas leva ao risco de mercantilizar a educação, degradando-a a uma mera ferramenta de transmissão de conhecimentos técnicos e privando-a de um elemento humano essencial¡±.
Na verdade, são os pais, os professores, os políticos, os jornalistas, as organizações e grupos religiosos que devem desempenhar ¡°um papel fundamental na promoção de uma cultura de paz¡±, em particular eles contam na formação dos jovens nos valores do diálogo, do encontro, da legalidade, sda olidariedade, da paz e da justiça.
É necessário o uso responsável de novas tecnologias
No que diz respeito, portanto, ao papel das inovações tecnológicas na difusão de uma cultura de escuta e de diálogo, dom Caccia sublinhou como elas permitem hoje aos indivíduos ¡°exercer o seu direito à liberdade de opinião e de expressão. Todavia devem ser utilizadas em modo responsável, já que os direitos humanos também implicam deveres correspondentes¡±.
A este respeito, recordou o Observador Permanente, o Papa Francisco afirmou recentemente que "numa época em que todos parecem comentar tudo, mesmo prescindindo dos fatos e muitas vezes antes mesmo de serem informados, rque seja redescoberta e se volte a cultivar mais a realidade dos fatos para não correr o risco de que a sociedade da informação se transforme na sociedade da desinformação".
Que o progresso se inspire na ética do bem comum
E é mais uma citação do Papa Francisco que conclui o discurso de dom Caccia, quando adverte que ¡°um mundo melhor é possível graças ao progresso tecnológico, se este for acompanhado de uma ética inspirada numa visão do bem comum, uma ética de liberdade, responsabilidade e fraternidade" que favoreça o desenvolvimento das pessoas "em relação aos outros e a toda a criação".
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