Cardeal Parolin: “És embaixador do Santo Padre, da Santa Sé, embaixador de Cristo”
Padre Bernardo Suate – Cidade do Vaticano
A alegria da Igreja em Ondjiva é grande, tal como o é a da Igreja em Angola, pois trata-se do primeiro filho desta terra que é chamado a desempenhar a missão de Núncio Apostólico, disse o Cardeal na sua homilia, acrescentando:
“Vim compartilhar a vossa alegria”.
E, comentando a liturgia do dia, o Cardeal Parolin sublinhou que é Deus que está na origem de cada vocação e, com a sua graça, dá força, coragem e sabedoria àquele que escolheu, consagrou e enviou, e que à iniciativa de Deus deve corresponder a resposta livre do homem.
Mas, advertiu o purpurado, não se trata de uma relação exclusivamente privada entre Aquele que chama e a pessoa que é chamada, pois cada vocação sempre visa uma missão:
“... missão de consolar e reconciliar, dar esperança e tornar possível o encontro entre Deus e o homem, para este ser salvo”.
Em consequência disso, brotam a ação de graças, o louvor e a adoração, como “se vê nas liturgias em terra africana, caraterizadas por uma alegria bem palpável no modo de rezar, cantar e participar!”, disse Parolin.
E quando se é chamado, como Bispo da Igreja, a colaborar de maneira especial com o Senhor para a salvação de todos, então o hino de alegria se torna ainda mais intenso e maior ainda a gratidão, tal como deve ser maior o sentido da responsabilidade e o empenho daquele que é chamado a esta honra e a tal serviço, enfatizou Parolin:
“É precisamente o que está a acontecer contigo, querido Mons. Germano! És chamado a ser embaixador do Santo Padre, embaixador da Santa Sé, embaixador de Cristo. É uma honra e uma missão esplêndida”.
És embaixador, insistiu o Cardeal Secretário de Estado, duma boa nova para os seres humanos, fazendo-lhes saber que não estão condenados a repetir, segundo novas formas, as habituais tragédias resultantes de guerras e lutas fratricidas; pelo contrário, são convidados a reconhecer-se como irmãos e a trabalhar com todos os meios para construir e reforçar percursos de paz, solidariedade e civilização.
E para ser um credível obreiro de paz, recordou ainda Dom Parolin, para levar a reconciliação que Deus oferece, para ser embaixador do bem, é preciso, amar a Deus e ao próximo que Cristo amou até ao ponto de subir à cruz.
E a propósito da sua missão, o Cardeal Parolin recordou a Dom Germano Penemote de fortalecer na fé os fiéis católicos no Paquistão, para que possam procurar caminhos de diálogo com os fiéis do Islão e das outras religiões:
“Trata-se dum diálogo muito necessário para nos reconhecermos irmãos independentemente das diferenças, e afastarmos todo o risco de manipulação da religião e qualquer inaceitável legitimação da violência”.
Que Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, assista o teu caminho. O seu Imaculado Coração, particularmente venerado aqui em Angola, torne eficaz e frutuosa a tua tarefa de Núncio Apostólico e a tua missão de Bispo – concluiu dizendo o Cardeal Secretário de Estado.
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