Processo vaticano, rejeitadas as objeções da defesa: segue-se com outras testemunhas
Barbara Castelli – Pope
As "objeções formuladas pela defesa dos réus em relação à alegada nulidade das modificações às acusações apresentadas pelo Promotor de Justiça em um ato depositado na audiência de 30 de março de 2013" foram rejeitadas. É o que foi estabelecido esta quinta-feira pelo Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, com uma ordem na qual se decidiu "prosseguir". Tendo aceitado as inéditas contestações, de corrupção e lavagem de dinheiro, complementadas em alguns aspectos, Alessandro Diddi também apresentou outra lista de testemunhas, incluindo os cardeais Leonardo Sandri e Fernando Filoni, ambos que haviam servido no passado como substitutos para os Assuntos Gerais na Secretaria de Estado. Em particular, o prefeito emérito do Dicastério para as Igrejas Orientais estará no Sala multifuncional dos Museus Vaticanos no dia 11 de maio, às 16h.
Atualizada a agenda do processo sobre os fatos de Londres
O presidente do Tribunal, Giuseppe Pignatone, indicou então o dia 4 de maio como o prazo para a apresentação na Chancelaria de todo eventual pedido de provas em relação às novas alegações; e o dia 15 de maio para a entrega de perícia técnica adicional. Padre Mario Curzu, diretor da Caritas de Ozieri, foi novamente convocado para a próxima audiência. Um novo encontro está agendado para 12 de maio.
Conclusão do exame da testemunha Giulio Corrado
Durante a quinquagésima sexta audiência do processo sobre os investimentos financeiros da Secretaria de Estado em Londres, o interrogatório da testemunha Giulio Corrado, funcionário do Grupo WRM, convocado pelos advogados de defesa de Raffaele Mincione, também foi concluído. As perguntas foram propostas pelo Promotor de Justiça, Alessandro Diddi, e pelos advogados de parte civil Elisa Scaroina, para a Secretaria de Estado, e Roberto Lipari, para o Instituto para as Obras de Religião; assim como pelo advogado Luigi Panella, para a defesa de Enrico Crasso. O antigo magazine Harrods, construído em 1911 no distrito de Chelsea, foi analisado, mais uma vez, através das empresas que o possuíam, as encarregadas de sua gestão, as que financiaram ou refinanciaram suas dívidas, passando também pelas aspirações residenciais do investimento contidas na permissão de planejamento, que foi concedida no final de 2016. Em particular, a testemunha esclareceu que a autorização administrativa continha mais de trinta condições precedentes e que o WRM Group pretendia implementar a permissão através da demolição parcial do quarto andar, a fim de manter os aluguéis dos inquilinos nos outros andares.
Entre outros assuntos aprofundados, falou-se ulteriormente sobre o mútuo de mais de mais de 120 milhões de esterlinas com o fundo Cheyne Capital, os ativos do Athena Capital Commodities Fund, depois Athena Global Opportunities Capital Fund, liderado pelo empresário Raffaele Mincione, e sobre as negociações conduzidas em Londres por Gianluigi Torzi.
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