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Representantes do Grupo Santa Marta (uma instituição de beneficência que promove alianças entre autoridades, sociedade civil e Igreja Católica em todo o mundo para erradicar o tráfico de pessoas e a escravidão moderna) e das Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos se reuniram em 15 de fevereiro na Missão da Santa Sé nas Nações Unidas para assinar um acordo de parceria crucial na prevenção do tráfico humano.

Estiveram presentes o cardeal Vincent Nichols, presidente do Grupo Santa Marta, juntamente com Steve Francis, diretor executivo interino da Homeland Security Investigations (HSI), a unidade do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos responsável pela execução criminal de crimes relacionados ao tráfico de seres humanos.

A luta contra o tráfico requer colaboração em todos os setores

鈥淐om lucros criminosos superiores a US$ 150 bilhões por ano, o combate ao tráfico de seres humanos requer liderança moral e colaboração em todos os setores. Chegar a esses pontos de cooperação que levarão ao confisco do que o Papa Francisco sempre chama de 'dinheiro manchado de sangue' e ajudar as vítimas deste flagelo da sociedade - sublinhou - depende de parcerias baseadas na confiança. É precisamente esta relação de confiança estabelecida nos últimos anos entre o Grupo Santa Marta e a HSI que nos levou a este acordo".

Especificou ainda que o acordo "oferece um modelo de como o trabalhar em conjunto pode determinar a mudança e está diretamente orientado para a luta contra este crime nefasto, curando a ferida do tráfico de seres humanos e incentivando a defesa da dignidade humana".

O objetivo é a conscientização do fenômeno e a prevenção

Francis reiterou que a assinatura do memorando destaca o objetivo comum da HSI e do Grupo Santa Marta de erradicar o tráfico humano em todo o mundo. 鈥淚sso demonstra como as forças da ordem e a comunidade religiosa, trabalhando juntas, podem conscientizar e prevenir o tráfico de seres humanos, fazer justiça e levar alívio aos sobreviventes鈥�.

O arcebispo Gabriele Caccia, Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, afirmou que 鈥渙 tráfico de pessoas é um crime e uma violação da dignidade das vítimas, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. O tráfico não tem fronteiras, nem tem uma causa única. A luta contra este fenômeno 鈥� observou 鈥� deve basear-se numa abordagem multidimensional e coordenada. A Missão da Santa Sé - concluiu - tem a alegria de hospedar esta importante cerimônia de assinatura que marca o reconhecimento formal da cooperação de longa data que já trouxe a tão necessária ajuda às vítimas do tráfico e continuará a fazê-lo".