Krajewski na ilha italiana de Ischia: a fé, bálsamo para a dor das famÃlias
Benedetta Capelli - Pope
"Não se pode tirar a dor, mas ela pode ser suportada juntos". O Cardeal Konrad Krajewski, enviado do Papa à ilha italiana de Ischia após o deslizamento de terra que dizimou a vida de 12 pessoas, oferece esse pensamento depois de visitar algumas famílias enlutadas nesta quinta-feira (8). Seu tom é calmo, sabe que trouxe a consolação de Francisco, que ouviu a dor daqueles que perderam entes queridos, especialmente os netos. "Fazer esta visita na Solenidade da Imaculada Conceição", afirmou o esmoleiro do Papa, "tem um significado especial. No rosto das avós, tias e mulheres, eu vi novamente a provação de Maria que perdeu seu filho, que o acompanhou até seu último suspiro".
Papa Francisco envia Krajewski a Ischia
Por isso Krajewski beijou as mãos dessas mulheres, participando assim daquela ferida, aberta repentinamente em 26 de novembro, quando um rio de terra e lama desceu do Monte Epomeo. A primeira família que o cardeal visitou foi a dos familiares de Valentina Castagna e Gianluca Monti, pais de Michele, Francesco e Maria Teresa, de apenas 6 anos de idade. Uma oração, o terço doado pelo Papa e a bênção do cardeal foram os destaques desta visita discreta, mas cheia de proximidade da Igreja e de Francisco.
Um pequeno caixão branco
Imediatamente depois, outro momento tocante, uma parada na Igreja da Anunciação, em Lacco Ameno, onde os corpos das outras vítimas são mantidos. Krajewski rezou diante do caixão branco da menor vítima desta catástrofe. Tinha apenas 22 dias de idade, Giovangiuseppe, que nasceu em 4 de novembro. O deslizamento de terra o levou junto com seus pais Maurizio Scotto e Giovanna Mazzella.
Os funerais dos noivos Eleonora Sirabella e Salvatore Impagliazzo foram realizados nesta quarta (7). Os funerais de Maria Teresa Arcamone, a mulher de 31 anos encontrada por último, e Nikolinka Gancheva Blangova ainda não foram realizados.
O esmoleiro contou ainda que "muitas pessoas me perguntam o que tem depois da morte", "se eles vão encontrar seus parentes; e eu respondo que não conheço os tempos, mas é preciso acreditar na Ressurreição. Aqui muitas pessoas acreditam, confiam em Deus, é uma coisa muito bonita e, do tesouro da fé, estou convencido, pode-se começar de novo".
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