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Casa para idosos em Thises, França Casa para idosos em Thises, França 

Dom Paglia: cuidados paliativos são um direito real

O "Laboratório Internacional de Cuidados Paliativos", organizado pela Pontifícia Academia para a Vida, reuniu especialistas de todo o mundo para discutir a assistência a ser oferecida aos pacientes em fim de vida, do ponto de vista médico, espiritual e humano.

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Dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, inaugurou na última quarta-feira, 9, o “Laboratório Internacional sobre Cuidados Paliativos", organizado pela Pontifícia Academia para a Vida.

Mais de 300 especialistas participaram do Laboratório on-line de três dias, que contou com a presença de conferencistas de diversos países europeus. A iniciativa faz parte de um projeto lançado pela Pontifícia Academia em 2017, com o objetivo de contribuir para a disseminação da cultura dos cuidados paliativos no mundo, em contraposição à legalização da eutanásia e do suicídio assistido.

Ao abrir os trabalhos, Dom Paglia afirmou que “os cuidados paliativos são um direito real e é bom que esta conscientização esteja se difundindo. O direito aos cuidados paliativos, que deriva da dignidade de todos os seres humanos, sobretudo os mais frágeis ou as pessoas em estado avançado de doença e moribundos, deve ser garantido a todos".

“A lógica de acompanhamento, que os cuidados paliativos promovem – acrescentou - pretende superar o imaginário controle da morte, que se expressa tanto na tentativa de prolongar a vida, a todo custo, quanto em acelerar a morte”.

 

O encontro na sexta-feira concluiu os debates dos dois primeiros dias, dedicados à Itália, nos quais foram analisados os cenários dos cuidados paliativos, em nível internacional, que recordam o quanto ainda deve ser feito para ser conhecidos e praticados, também como meio de responder ao desafio da eutanásia.

O presidente da Pontifícia Academia para a Vida explicou ainda, em sua intervenção inaugural, que “é preciso focalizar a capacidade do sistema italiano, que responde às necessidades do paciente e sua família; identificar os meios necessários para a integração dos cuidados paliativos nas redes locais, com recursos adequados para melhorar os cuidados paliativos em hospitais, asilos e instituições para idosos".

O arcebispo pediu ainda que “a atenção ao significado e à prática dos cuidados paliativos é de particular importância, sobretudo em relação à possível regulamentação legal das questões concernentes ao fim da vida. A lei de 2010 - sobre as Disposições para garantir o acesso aos cuidados paliativos e à terapia da dor - é impossível de ser aplicada, pois não ajuda a uma correta percepção das questões sobre este assunto tão delicado”.

Por outro lado, - disse ainda  – “a falta de conhecimento e implementação da lei de 2017 – sobre o Consentimento Informado e Disposições de Processamento Antecipado - demonstra a profunda resistência da nossa cultura face ao limite radical da morte. O debate jurídico não deve esquecer que a aposta consiste no campo da cultura entre duas interpretações sobre o limite: uma, baseada no controle, e a outra, no acompanhamento e lógica do tratamento”.

“É precisamente no campo da cultura – conclui Dom Vincenzo Paglia - que os cristãos podem dar sua melhor contribuição, não como contrapartida em relação à sociedade civil, mas como componente, em atitude de uma aprendizagem recíproca”.

O "Laboratório Internacional de Cuidados Paliativos", organizado pela Pontifícia Academia para a Vida, reuniu especialistas de todo o mundo para discutir a assistência a ser oferecida aos pacientes em fim de vida, do ponto de vista médico, espiritual e humano.

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12 fevereiro 2022, 11:17