Cardeal Parolin em livro sobre a China: ¡°tudo est¨¢ dentro de um plano de Deus¡±
Bruno Franguelli, SJ - Pope
O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano acaba de escrever o prefácio do livro ¡°Un ponte con la Cina ¨C Il Papa e la Delegazione apostolica a Pechino (1919-1939)¡±, (Uma ponte com a China ¨C O Papa e a delegação apostólica em Pequim (1919-1939), da editora Marcianum Press, escrito por Adel Alif Nasr. A obra, disponível em língua italiana, recolhe importantes documentos que relatam com exclusividade os grandes esforços da Santa Sé nas relações diplomáticas com a China.
O amor dos Sumos Pontífices pela China
No prefácio do livro o cardeal recorda o grande afeto e atenção que os Sumos Pontífices, de modo especial no último século, dedicaram ao povo chinês, iniciando sua mensagem com as palavras do Papa Pio XII: ¡°Antes de tudo desejamos manifestar o Nosso caloroso afeto por todo o povo da China¡±.
O cardeal recorda as grandes dificuldades do povo chinês, principalmente no que diz respeito à vivência de sua fé, e como os sucessores de Pedro sempre desejaram se fazer próximos, principalmente nos momentos mais difíceis. Recorda, de modo especial o Papa Bento XV que já em 1919 escrevia sobre a importante Carta Apostólica das Missões ¡°Maximum illud¡± e advertia sobre o devido cuidado diplomático para que a Igreja Católica não fosse vista como a ¡°mão longa¡± de potências estrangeiras. Lembra ainda do grande talento diplomático do monsenhor Celso Costantini ¡°que se fez interprete admirável e corajoso do projeto e colocou sólidas bases para o futuro dos missionários na China¡±.
Um Papa para todos
Citando as palavras de Costantini, o cardeal Parolin ressalta a tarefa universal do Papa que vai muito além da realidade cristã: ¡°O Papa é o líder espiritual dos cristãos, mas o seu amor se estende a todos os homens independente da religião a qual pertençam¡±.
Na conclusão do Prefácio, menciona o Papa Francisco que, em relação à Igreja na China, pede um espírito de verdadeira reconciliação, deixando de lado incompreensões e divisões herdadas do passado. ¡°Esta é a nossa esperança¡± conclui Parolin, ¡° que se faz certeza, para que sintamos que tudo está dentro de um plano que não é nosso, mas de Deus¡±.
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