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Observador permanente da Santa Sé junto à Organização para Segurança e Cooperação na Europa, mons. Urbańczyk Observador permanente da Santa Sé junto à Organização para Segurança e Cooperação na Europa, mons. Urbańczyk

Santa Sé: contra o terrorismo, promover cultura do encontro e apoiar ڲí e jovens

Para responder de forma "global e a longo prazo" a este fenômeno, não se pode basear apenas "na aplicação da lei ou em medidas de segurança"; é necessário, sim, o compromisso a "cultivar uma cultura do encontro que promova o respeito mútuo e o diálogo, ambos marcos de sociedades pacíficas e inclusivas". Tal atitude, "juntamente com os ensinamentos autênticos das religiões", pode contribuir "efetivamente" para enfrentar as causas profundas do terrorismo, afirma o observador permanente da Santa Sé na OSCE, mons. Urbańczyk

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Promover uma cultura do encontro, do respeito e do diálogo; apoiar a família, núcleo fundamental da sociedade; educar os jovens aos valores da justiça e da paz: estes são os três instrumentos que constituem "uma abordagem global" para a prevenção e a luta contra o terrorismo e o Vertl (extremismo violento e radicalização que leva ao terrorismo).

Foi o que ressaltou o observador permanente da Santa Sé junto à Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), com sede em Viena, na Áustria, mons. Janusz Urbańczyk, em seu pronunciamento nos dias 20 e 21 de abril na conferência antiterrorismo da presidência do órgão.

Abordar causas do extremismo violento e radicalização

Na terça-feira, o prelado insistiu na necessidade de "abordar as causas profundas" do extremismo violento e radicalização que leva ao terrorismo: "O extremismo violento - disse ele - é um fenômeno multiforme, impulsionado por fatores psicológicos, socioeconômicos, políticos e ideológicos" que, além do mais, "encontra terreno fértil na atual 'cultura do descartável', que alimenta uma visão distorcida da pessoa como um indivíduo que pode ser usado e descartado".

Este fator, ademais, foi agravado pela pandemia da Covid-19: de fato, como evidenciou o observador permanente, a emergência sanitária "tem proporcionado às organizações extremistas e terroristas novas formas, através da exploração dos sentimentos de vulnerabilidade e isolamento, de avançar seus objetivos de intensificar o recrutamento e difundir o ódio e a violência".

Além disso, enfatizou mons. Urbańczyk, suscita "grave preocupação" que "as organizações terroristas abusem das narrativas religiosas para atingir seus objetivos".  Daí, a observação premente do prelado polonês de que "o terrorismo não se deve à religião, mas ao uso impróprio ou à má interpretação da mesma".

Cultura do encontro que promova respeito mútuo e diálogo

Para responder de forma "global e a longo prazo" a este fenômeno, portanto, não se pode basear apenas "na aplicação da lei ou em medidas de segurança"; é necessário, sim, o compromisso a "cultivar uma cultura do encontro que promova o respeito mútuo e o diálogo, ambos marcos de sociedades pacíficas e inclusivas". Tal atitude, de fato, "juntamente com os ensinamentos autênticos das religiões", pode contribuir "efetivamente" para enfrentar as causas profundas do terrorismo.

Na quarta-feira, por sua vez, mons. Urbańczyk insistiu na necessidade de "distanciar-se do extremismo violento" que - disse ele - "não está em declínio", pelo contrário: apesar da pandemia, "grupos extremistas e terroristas conseguiram se adaptar rapidamente às novas circunstâncias, transformando as consequências sociais e econômicas da emergência sanitária em seu próprio benefício".

E, assim como "um vírus contagioso", o terrorismo e o extremismo representam "uma ameaça generalizada e em contínua evolução da qual ninguém está isento". O que a comunidade internacional pode fazer, portanto, para prevenir e conter este fenômeno?

Duas sugestões do representante vaticano

O observador permanente apresentou duas sugestões: primeiro, "prevenir a radicalização dos jovens, proporcionando-lhes oportunidades educacionais e de trabalho, assim como programas de reabilitação e reintegração"; segundo, "ajudar o núcleo fundamental da sociedade e da humanidade, ou seja, a família".

Como se deu durante a pandemia, de fato, "os jovens muitas vezes são vítimas da radicalização, especialmente on-line, quando falta a educação e a atenção em casa". É necessário, portanto, que os pais eduquem seus filhos aos valores fundamentais, capazes de "semear a justiça e a paz dentro da sociedade".

Apelo às comunidades religiosas e compromisso da Igreja

O representante vaticano fez outro apelo às comunidades religiosas: elas, disse, "têm uma sensibilidade particular em relação à comunidade, particularmente no que diz respeito à identificação dos primeiros sinais de radicalização entre seus membros".

Por esta razão, "a Igreja católica continuará empenhada em combater as narrativas nocivas que podem dar origem ao extremismo violento e à radicalização, em ajudar as vítimas a reconstruir seu futuro, em apoiar programas de reabilitação e reintegração, e em ajudar a construir e manter sociedades pacíficas".

Por fim, citando o "", assinado em 4 de fevereiro de 2019, em Abu Dhabi, pelo Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, mons. Urbańczyk enfatizou "a importância do papel das religiões na construção da paz no mundo", pois elas, ao "despertar a consciência religiosa nas novas gerações através de uma sólida educação e autênticos ensinamentos religiosos", conseguem "enfrentar o radicalismo e o extremismo cego em todas as suas formas e expressões".

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22 abril 2021, 10:53