O "mestre" de Michelangelo. Tem início a série “Celata Pulchritudo"
Pope
Segredos, histórias pouco conhecidas, curiosidades que se escondem atrás da beleza universalmente reconhecida das obras-primas das coleções vaticanas.
“Celata Pulchritudo. Os segredos dos Museus Vaticanos” é o novo projeto multimídia que nasce da colaboração entre o Pope e os Museus Vaticanos.
A partir de 20 de abril, uma série de breves vídeos vai contar a arte das coleções pontifícias de um modo novo: das fontes de inspiração dos grandes mestres como Michelangelo ou Raffaello, ao fascínio e ao mistério das antigas civilizações pré-cristãs; dos bastidores do Museu, considerado por gerações de artistas como “a escola do mundo”, ao patrimônio de saber, pesquisa, manutenção e restauração que chegou até nós através dos séculos.
Um percurso narrativo que se realizará mensalmente no arco de um ano. O conteúdo será publicado seja no site, seja nas redes sociais do Pope e dos Museus Vaticanos.
O discípulo do Torso
O primeiro capítulo é dedicado a uma obra que constituiu o núcleo originário das coleções de arte dos Papas: o Torso Belvedere. Esta escultura inspirou artistas de todas as épocas, sendo o primeiro deles Michelangelo, definido “o discípulo do Torso”.
O fragmento helenístico tem a assinatura de um escultor de Atenas, Apolônio, “filho de Nestor”, do primeiro século antes de Cristo.
Provavelmente, se trata de uma cópia em mármore inspirada num original de bronze, esculpida entre 188 e 167 a.C.
Enigmática na sua incompletude, a identificação do sujeito permaneceu vaga: Dionísio, Héracles, Filoctetes, Polifemo? As leituras foram múltiplas e discordes. Somente recentemente, graças a um longo estudo arqueológico e à reconstrução da pose através da observação do movimento ao vivo, resultou altamente crível a hipótese de identificar na escultura o herói grego Ájax Telamônio, que medita o suicídio.
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