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A atenção da Santa Sé pelos ³¦°ù¾±²õ³Ùã´Ç²õ no Iraque

"Eis por que perante as tremendas consequências que uma operação militar internacional teria para as populações do Iraque e para o equilíbrio de toda a região do Médio Oriente, já tão provada, mas também para os extremismos que daí poderiam derivar digo a todos: ainda há tempo para negociar; ainda há espaço para a paz; nunca é tarde demais para se compreender e para continuar a negociar. Refletir sobre os próprios deveres, empenhar-se em negociações eficazes não significa humilhar-se, mas trabalhar com responsabilidade pela paz", havia dito São João Paulo II no Angelus de 16 de março de 2003.

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A sorte dos cristãos no Iraque sempre foi acompanhada com grande atenção pela Santa Sé, em particular a partir segunda Guerra do Golfo de 2003, que São João Paulo II, assim como a de 1991, havia feito de tudo para evitar, chamando a atenção para as "tremendas consequências" “para as populações do Iraque e para o equilíbrio de toda a regiãoâ€, bem como pelos "extremismos que daí poderiam derivar", como afirmou no de 16 de março de 2003. Nesses pronunciamentos estava bem presente a consciência do Papa polonês das repercussões que este segundo conflito armado teria nas comunidades cristãs no Iraque e em todo o Oriente Médio.

A afirmação do Estado Islâmico precipitou ainda mais sua situação. Neste contexto, o Papa Francisco nunca deixou de fazer sentir a sua proximidade "ao amado povo iraquiano". Proximidade reiterada pelo cardeal Pietro Parolin por ocasião de sua viagem ao país, no final de dezembro de 2018. Durante a visita, o secretário de Estado insistiu na importância da superação do ódio e, dirigindo-se aos cristãos iraquianos, expressou o agradecimento da Igreja por seu testemunho, “que se tornou um exemplo vivo para todos os cristãos do mundoâ€.

 

O desejo de que o Iraque "possa olhar em frente por meio da pacífica e compartilhada participação na construção do bem comum de todos os componentes religiosos da sociedade" foi reiterada pelo , quando ao falar aos participantes na Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO), anunciou o desejo de viajar ao país em 2020.

A importância de preservar a presença histórica dos cristãos no país e a necessidade de garantir-lhes segurança e um lugar no futuro do Iraque foram mais uma vez destacadas em 25 de janeiro de 2020, durante o segundo encontro oficial no Vaticano do Papa com o presidente iraquiano Barham Salih, no centro do qual - conforme relatado pelo comunicado da Santa Sé - estavam também os vários conflitos e graves crises humanitárias que afligem a região.

Em 10 de dezembro, na enviada aos participantes de um encontro on-line sobre a crise humanitária na Síria e no Iraque promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, o Papa Francisco recordou uma vez mais “os cristãos obrigados a abandonar os lugares onde nasceram e cresceram, onde se desenvolveu e se enriqueceu a sua fé, acrescentando que é necessário assegurar “que a presença cristã nestas terras continue a ser o que sempre foi: um sinal de paz, de progresso, de desenvolvimento e de reconciliação entre as pessoas e os povosâ€.

Em tal contexto, o anúncio, em 7 de dezembro de 2020, da visita do Papa Francisco em março foi recebido com entusiasmo unânime pela Igreja iraquiana. Uma “visita sonhada e desejada†de São João Paulo II por ocasião da sua peregrinação jubilar em oito etapas nas pegadas de Abraão, Moisés, Jesus e Paulo, mas que não pôde realizar devido à situação no Iraque.

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03 março 2021, 08:42