Santa Sé à OSCE: promover o empoderamento econômico das mulheres
Isabella Piro/Raimundo de Lima – Pope
"O desejo de proteger e promover a verdadeira igualdade de toda pessoa humana e o reconhecimento da complementaridade entre mulheres e homens continuam sendo prioridades importantes da Santa Sé": com essas palavras, o observador permanente da Santa Sé junto à OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa, com sede em Viena, na Áustria), mons. Janusz Urbańczyk, iniciou sua fala em pronunciamento na segunda-feira (15/02) via Zoom no primeiro encontro preparatório do 29º Fórum Econômico e Ambiental do órgão.
Em particular, o prelado polonês fez uma exortação a "considerar importante a questão do empoderamento econômico" feminino, porque "a persistência de muitas formas de discriminação que ofendem a dignidade e a vocação da mulher no campo do trabalho se deve a uma longa série de condições que as penaliza", deturpando suas prerrogativas e relegando-as "às margens da sociedade e até mesmo reduzidas à escravidão".
A valorização da mulher fortalece a paz e a segurança social
Em seguida, na esteira das afirmações de São João Paulo II, o observador permanente insistiu na "necessidade urgente de alcançar uma verdadeira igualdade em todos os campos: salário igual para trabalho igual, proteção das mães trabalhadoras, equidade na progressão na carreira, igualdade dos cônjuges em relação aos direitos familiares e o reconhecimento de tudo o que faz parte dos direitos e deveres dos cidadãos em um Estado democrático".
Ao mesmo tempo, o representante vaticano ressaltou que aumentar o empoderamento econômico e político das mulheres e promover sua participação na vida pública "certamente contribui para aumentar a paz e a segurança tanto dentro da sociedade em geral quanto dentro da família, célula social fundamental".
Os riscos da pandemia da Covid-19
O prelado sublinhou que, infelizmente, a atual pandemia da Covid-19 "confirmou que a participação das mulheres no mercado de trabalho ainda é frágil": de fato, elas são frequentemente "as primeiras a perder seus empregos, sobretudo em empregos mal remunerados ou no setor informal, onde representam a maioria e carecem de proteção e benefícios financeiros".
Além disso, o ônus da educação doméstica "aumentou a pressão sobre o gênero feminino", independentemente do fato de ter ou não um emprego remunerado.
A complementaridade entre homens e mulheres é necessária
Por isso, o representante vaticano apelou para "a colaboração complementar de homens e mulheres" a fim de construir um futuro melhor. A valorização do gênero feminino e seu fortalecimento "em todas as áreas da vida e do trabalho", concluiu mons. Urbańczyk, reforçará de fato a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável para todos.
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