Argentina. Terra, teto, trabalho e "Fratelli tutti" em tempo de Covid
Pope
Há pouco mais de seis meses, o Papa Francisco escreveu uma carta aos movimentos populares do mundo num momento “de muitas angústias e dificuldades” após o impacto da pandemia da Covid-19.
Nesse texto Francisco denunciava que os trabalhadores mais humildes e indefesos “foram excluídos dos benefícios da globalização”, mas não de seus danos: “os males que afligem a todos atingem vocês duas vezes”. Em seguida, os encorajou a continuar em sua luta pela terra, teto e trabalho.
Reunião de diálogo, em 24 de outubro, em videoconferência
O Papa destacava que é hora de um salário universal para aqueles que não podem trabalhar e “resistir” ao impacto desta crise sanitária, socioambiental e econômica, para dar dignidade “às tarefas nobres e insubstituíveis que desempenham; capazes de garantir e realizar aquele slogan muito humano e cristão: nenhum trabalhador sem direitos”.
No final da carta, o Pontífice convidava a refletir com ele “sobre o projeto de desenvolvimento humano integral ao qual aspiramos” para o período pós-crise. Neste contexto, os movimentos populares e o Dicastério vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral convocaram uma reunião de diálogo, para sábado, 24 de outubro, das 14h às 18h (horário local de Roma), por videoconferência, que será transmitida ao vivo nas mídias sociais.
“Fratelli tutti”, do ponto de vista dos movimentos populares
Haverá três temas para reflexão. O primeiro sobre a pós-pandemia na chave 3T: terra, teto e trabalho. Uma segunda reflexão se concentrará na última , do ponto de vista dos movimentos populares. O terceiro tema diz respeito à contribuição dos movimentos populares para a “Economia de Francisco”, evento programado para novembro.
No encontro haverá espaços para compartilhar as ações que os movimentos populares estão desenvolvendo durante a pandemia, e também será apresentado o projeto educacional completo da Universidade Latino-Americana das Periferias (ULPe).
Encontros precedentes realizados em Roma e na Bolívia
O encontro contará com a presença dos cardeais Michael Czerny e Peter Turkson, respectivamente, o subsecretário e o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, juntamente com uma representação dos movimentos populares composta pela União de Trabalhadores da Economia Popular - UTEP (Argentina), O Caminho Camponês (Brasil), Moradores de Favelas (Índia) e o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC).
Os precedentes Encontros mundiais dos movimentos populares foram realizados em Roma (2014), Bolívia (2015) e Roma (2016).
(Fides)
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