Começa a visita do Grupo Moneyval ao Vaticano
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A Sala de Imprensa da Santa Sé informa, através de um comunicado, que teve início, nesta quarta-feira (30/09), no Vaticano, a visita do Comitê de Especialistas do Conselho da Europa sobre a Avaliação de Medidas para combater a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Moneyval).
Segundo o comunicado, a visita se realiza “no âmbito da Quinta Rodada de Avaliação ('Fifth Evaluation Round'), concordada em 2019, à qual estão progressivamente submetidas todas as jurisdições pertencentes ao Grupo Moneyval. Esta fase de avaliações tem como principal objeto de interesse a eficácia dos instrumentos legislativos e organizacionais adotados nos últimos anos pelas jurisdições para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”. O calendário dessas visitas é estabelecido pelo Moneyval e não tem nenhuma ligação com os assuntos internos dos diversos países.
“A avaliação atual para a Santa Sé se insere no quadro da evolução natural de um processo que começou com a primeira visita ao local em 2012 e a sucessiva adoção do Relatório de Avaliação Mútua de 4 de julho de 2012 e continuou com o Primeiro Relatório de Progressos de 9 de dezembro de 2013, o Segundo Relatório de Progressos de 8 de dezembro de 2015 e o Terceiro Relatório de Progressos de 6 de dezembro de 2017”, refere a Sala de Imprensa da Santa Sé.
As jurisdições da Albânia, Andorra, Armênia, Gibraltar, Ilha de Man, Letônia, Lituânia, Malta, Moldávia, República Tcheca, Ucrânia, Hungria, Sérvia e Eslovênia já foram avaliadas pela Moneyval. Junto com a Santa Sé, começa também a visita à República de São Marinho.
Parolin: a dimensão ética dos investimentos é objeto de atenção
Em seu discurso por ocasião da visita de Moneyval, o cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, ressaltou o compromisso da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano em relação à transparência, honestidade e cooperação internacional no campo econômico-financeiro, e a escolha de “participar do sistema de avaliação das normas contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, promovido pelo Programa Moneyval do Conselho da Europa”.
O cardeal afirmou que “está em andamento uma implementação progressiva de sistemas que permitam um maior controle dos fluxos financeiros que poderiam expor a riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo e, neste sentido, as intervenções e recomendações dos avaliadores Moneyval são um recurso que nós apreciamos”.
Ao contrário de outras entidades que “aderem ao projeto Moneyval, cujas economias visam criar riqueza e bem-estar para as respectivas comunidades nacionais, os fundos geridos pela Santa Sé e pelo Estado da Cidade do Vaticano são principalmente destinados a obras religiosas ou de caridade”, disse Parolin, e “em razão da destinação prioritária dos fundos, é necessário que a dimensão ética dos investimentos seja objeto de particular atenção”.
“Somos gratos por sua presença”, concluiu o cardeal Parolin, “e pelos estímulos que nos dá para prestar um serviço que nos permite pensar numa finança cada vez mais a serviço do ser humano”.
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