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Parolin: defesa da liberdade religiosa é marca distintiva da diplomacia vaticana

Realizou-se esta quarta-feira (30/09) em Roma um Simpósio sobre a liberdade religiosa, promovido pela embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé. Do evento participou também o secretário de Estado, card. Pietro Parolin, e o secretário de Estado dos EUA.

Sr. Bernadette Mary Reis, fsp

A embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé em Roma organizou um Simpósio intitulado: “Promover e defender a liberdade religiosa em nível internacional através da diplomacia”.

Testemunho moral

No seu pronunciamento, o Secretário de Estado estadunidense, Michael Pompeo, fez uma reflexão sobre a II Guerra Mundial nos 75 anos do seu fim. Recordou a história do padre Bernhard Lichtenberg, preso pelo regime nazista por sua franqueza e por sua oração pública pelos “judeus e por outras vítimas da brutalidade nazista”. Citou ainda o “papel fundamental de João Paulo II ao acender a revolução da consciência que levou à queda da Cortina de ferro”. O Secretário de Estado dos EUA criticou a China sobre o tema da liberdade religiosa. Esta – prosseguiu – depende da liderança cristã e do testemunho moral daqueles que resistiram às perseguições.

A liberdade religiosa é importante para a Santa Sé

Representando a Santa Sé, estavam presentes o secretário de Estado, Pietro Parolin, e o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário das Relações com os Estados. Dom Gallagher levou a saudação do Papa Francisco aos participantes, destacando que o Pontífice “tem conhecimento deste encontro sobre um argumento de grande importância para a Santa Sé”.

O direito à liberdade religiosa

Para o arcebispo, há uma maior conscientização sobre o papel que as religiões desempenham em questões como a paz internacional, a segurança e a convivência. Neste sentido, a defesa da liberdade religiosa “é uma das grandes prioridades política da Santa Sé”.

A liberdade de consciência

A conclusão do Simpósio foi feita pelo cardeal Parolin. O secretário de Estado vaticano reiterou que defender e promover a liberdade religiosa é uma “marca distintiva da diplomacia da Santa Sé”. Este direito, junto ao inviolável direito à vida, é o fundamento de todos os outros direitos humanos. Violando esta liberdade, coloca-se em discussão a possibilidade de “gozar de todos os direitos”. Além disso, a liberdade de consciência está intimamente ligada à liberdade de religião, porque esta é “sancta sanctorum”, na qual podemos descobrir uma lei que “não nos demos sozinhos”, mas à qual “devemos obedecer”.

À margem do Simpósio, respondendo às perguntas dos jornalistas sobre as relações com a China, o cardeal Parolin afirmou que a Santa Sé acredita na política dos “pequenos passos” e que o acordo sobre as nomeações dos bispos é um passo avante também por uma maior liberdade religiosa. O secretário de Estado declarou que não é oportuno utilizar o tema do acordo entre a Santa Sé e a China para fins eleitorais nos Estados Unidos.

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30 setembro 2020, 18:56