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Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia

Dom Paglia: a saúde como bem público, garantir assistência médica a todos

Em primeiro lugar, é necessário garantir “acesso universal às melhores oportunidades de prevenção, diagnóstico e tratamento, que não deve ser reservado somente a poucos que têm sorte. A distribuição de uma vacina, assim que estiver disponível”, será “um caso de teste importante”, afirma o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, arcebispo Vincenzo Paglia, em encontro virtual com representantes de Conferências Episcopais da América Latina

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Realizou-se esta terça-feira (23/06) um encontro virtual entre a Pontifícia Academia para a Vida, o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral e representantes de Conferências episcopais da América Latina (Colômbia, América Central, Cuba e México). O documento “Pandemia e fraternidade universal, da Pontifícia Academia para a Vida, esteve no centro do encontro.

Nos próximos dias, segundo documento sobre saúde pública

Estamos interessados num “diálogo sobre questões de saúde e o bem comum e este é um primeiro passo para salvar vidas humanas: a saúde como bem público”, explicou o Celam, Conselho Episcopal Latino-Americano, que tem sua sede em Bogotá, na Colômbia.

O presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia, apresentou o trabalho evocando a Nota de 30 de março passado. Nos próximos dias, anunciou, sairá um segundo documento sobre a saúde pública, “A Humana communitas na era da pandemia: reflexões sobre o renascimento da vida”.

Anciãos, vítimas mais numerosas da pandemia

A Pontifícia Academia para a Vida está também trabalhando um texto sobre anciãos, “as vítimas mais numerosas da pandemia”, acrescentou dom Paglia, evocando a afirmação do Papa Francisco: “Não estamos numa época de mudança, mas de mudança de época. Não há dúvida de que todo o horizonte da saúde deve ser repensado tanto a nível regional quanto internacional”.

Em primeiro lugar, é necessário garantir “acesso universal às melhores oportunidades de prevenção, diagnóstico e tratamento, que não deve ser reservado somente a poucos que têm sorte. A distribuição de uma vacina, assim que estiver disponível”, será “um caso de teste importante”.

Gravidade da crise ambiental e seu impacto na saúde

Portanto, prosseguiu o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, é necessária uma “definição de pesquisa científica responsável. Os desafios são complexos e abrangem várias áreas, desde a integridade da pesquisa científica até sua liberdade em relação a questões de lucro econômico".

O sociólogo Gianni Tognoni destacou as respostas fragmentadas de governos e cientistas diante da crise. Por sua vez, o diretor do secretariado de pastoral social Caritas da Conferência Episcopal Colombiana, monsenhor Héctor Fabio Henao Gavíria, destacou a gravidade da atual crise ambiental e seu impacto na saúde.

Igreja seja capaz de gerar esperança e solidariedade

O arcebispo de Morelia, no México, dom Carlos Garfias Merlos, insistiu na solidariedade e nas respostas que a Igreja pode dar às populações desalentadas. Gerar esperança e respostas concretas foi a indicação do bispo mexicano Dom Alfonso Miranda diante da crise do trabalho e social provocada pela pandemia.

Da Colômbia, Dom Elkin Alvarez destacou a grave "desarticulação das instituições" e a falta de respostas para as necessidades da população. Por fim, foi solicitado à Pontifícia Academia para a Vida acompanhar a reflexão da Igreja na América Latina para fazer de modo que a própria Igreja seja capaz de gerar esperança e solidariedade.

(com informações Sir)

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24 junho 2020, 13:02