AIS leva ajuda a religiosas na Rep¨²blica Democr¨¢tica do Congo
Pope
São 69 as comunidades religiosas femininas, de seis Congregações, que na República Democrática do Congo receberão apoio da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Trata-se de comunidades da província eclesiástica de Bukavu, que possui seis dioceses, e devido à emergência de coronavírus vem enfrentando grandes dificuldades.
A fundação de direito pontifício levará ajudas a 464 religiosas no valor de 120 mil euros e faz parte de uma série de projetos "Speciale Covid". As repercussões da pandemia e do confinamento no país são graves também para a Igreja. Muitos perderam seu salário, já notoriamente insuficiente, e muitos fiéis não puderam oferecer o apoio material e financeiro que costumam dar.
¡°Em tempos normais, são os fiéis que fornecem apoio material, como alimento e alguns serviços - explica Dom Bernard-Emmanuel Kasanda, bispo da Diocese Mbuji-Mayi -. Agora que (...) a vida se tornou repentinamente mais difícil para todos (...) se vive apenas do trabalho diário".
Até o momento, foram registrados 6.827 casos de Covid-19 e 157 vítimas na República Democrática do Congo. A emergência de saúde mudou muito a vida das religiosas na província eclesiástica de Bukavu. Em tempos normais, a situação já é extremamente difícil. A região é marcada por conflitos inter-étnicos, pela insegurança, ataques de países vizinhos, sequestros, estupros e as Congregações religiosas femininas procuram sobreviver ensinando o catecismo, trabalhando nas escolas e em centros de saúde.
Mas as medidas sanitárias anti-Covid esvaziaram seus estoques, levando-as a viver em uma situação bastante precária. Desde que o estado de emergência foi declarado em 24 de março, os salários foram suspensos e o pessoal médico, dos quais numerosas religiosas fazem parte, passou a ser pago de acordo com o número de pacientes. Mas muitos temem ir ao hospital por medo de contrair o coronavírus. Como resultado, as irmãs viram suas receitas diminuírem drasticamente. Mesmo as religiosas que trabalham nas escolas, devido ao fechamento, não receberam mais subsídios dos pais dos alunos.
¡°Quando os conflitos fizeram com que todas as ONGs fugissem, a Igreja permaneceu, em particular as religiosas, o mais próximo possível das populações mais pobres, como muitas Madre Teresa que não conhecemos! ¨C explica Christine du Coudray, gerente de projetos da Ajuda à Igreja que Sofre na República Democrática do Congo -. Quantas vezes eu as visitei após agressões e intimidações de gangues rivais, um conflito escondido há 20 anos, com vítimas de estupro e homicídios que não poupa ninguém¡±.
As ajudas às religiosas são um apoio adicional após os fundos que a Ajuda à Igreja que Sofre enviou a vários sacerdotes com as ofertas das Missas no início da crise em diferentes dioceses.
Pope - TC
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