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O Papa e migrantes refugiados. Em maio de 2020 Francisco lançará o Pacto educativo global O Papa e migrantes refugiados. Em maio de 2020 Francisco lançará o Pacto educativo global

Santa Sé: crise de refugiados exige partilha de obrigações e responsabilidades

As causas que levam a um alto número de refugiados a deixar seus países não podem ser ignoradas, mas devem ser enfrentadas. Tudo isso, reconhece dom Jurkovič, “requer coragem e vontade política para acabar com os conflitos e encorajar à paz, à reconciliação e ao respeito pelos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais". Daí, o chamado a partilhar “obrigações e reponsabilidades” e a encontrar soluções comuns também para o futuro

Pope- Cidade do Vaticano

O observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, dom Ivan Jurkovič, lançou um apelo a “dar um rosto aos números e às estatísticas” das tragédias humanas que envolvem tantos refugiados.

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O apelo do representante vaticano foi lançado esta quarta-feira (18/12) no âmbito do Fórum Global da Onu sobre refugiados. Em seu pronunciamento, o arcebispo esloveno comentou positivamente a importância dada pelo encontro aos temas da educação e da saúde, setores nos quais a Igreja católica é ativamente comprometida.

O Papa lançará em maio de 2020 o Pacto educativo global

A propósito, o prelado recordou o Pacto educativo global que o Papa Francisco lançará em 14 de maio de 2020. “O acesso à instrução e à assistência médica favorece a integração”, disse o representante da Santa Sé, pensando em particular nos jovens, que “representam a metade da população dos refugiados”.

Uma educação inclusiva e o acesso a uma instrução de qualidade “protege nossos jovens do tráfico de seres humanos, do trabalho forçado e de outras formas de escravidão”. Em seguida, dom Jurkovič reafirmou a centralidade da pessoa humana e dos princípios de solidariedade, humanidade e não rejeição que se encontram sob proteção internacional.

Necessidade de uma maior cooperação internacional

O arcebispo evocou “uma maior cooperação internacional e uma partilha de obrigações”, expressando gratidão em nome da Santa Sé pela “generosidade e solidariedade mostradas por alguns países no acolhimento dos deslocados, apesar das dificuldades. Um testemunho da fraternidade humana, dimensão essencial para o futuro”.

O pensamento voltou-se de modo especial para aquelas situações nas quais um elevado número de refugiados se estabelece nos Estados confinantes. Estes últimos, às “presas com desafios e sacrifícios substanciais”, não devem ser deixados sozinhos.

Família de nações: destino comum e casa comum

“Como família de nações, partilhamos um destino comum e uma casa comum. Se os Estados acolhedores que recebem grandes fluxos de refugiados são deixados sozinhos, é inevitável que os refugiados não possam receber o acolhimento que merecem”, foi a sua exortação.

“Segundo a Santa Sé, a cooperação internacional não pode limitar-se à alocação de recursos financeiros, mas 'é preciso um empenho complementar pela reinserção e reintegração também por parte dos Estados doadores'.”

Ademais, as causas que levam a um alto número de refugiados a deixar seus países não podem ser ignoradas, mas devem ser enfrentadas.

Soluções partilhadas não só para hoje, mas também o futuro

Tudo isso, reconheceu dom Jurkovič, “requer coragem e vontade política para acabar com os conflitos e encorajar à paz, à reconciliação e ao respeito pelos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais".

Daí, o renovado chamado a partilhar “obrigações e reponsabilidades” e a encontrar soluções partilhadas não somente para hoje, mas também para o futuro.

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20 dezembro 2019, 11:52