ҽ

O Sínodo Amazônico acontece de 6 a 27 de outubro, no Vaticano O Sínodo Amazônico acontece de 6 a 27 de outubro, no Vaticano 

Sínodo da Amazônia, Dom Cláudio Hummes: precisamos de uma Igreja inculturada

Aproximando-se do Sínodo Amazônico, marcado para outubro no Vaticano, a imprensa internacional antecipa a cobertura do evento com programas especiais sobre o tema. Em especial que vai ao ar na Rai Internacional, Dom Cláudio Hummes, relator geral da assembleia fala da necessidade de uma "Igreja inculturada” na Amazônia.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

Ouça a reportagem e compartilhe

A menos de três semanas começa o Sínodo Amazônico no Vaticano e a imprensa internacional se antecipa ao fazer a cobertura do evento que começa no dia 6 de outubro. A Rai Vaticano, redação que se ocupa de assuntos pontifícios dentro da empresa estatal de rádio e TV da Itália, traz no programa mensal “Viagem na Igreja de Francisco” deste mês de setembro um especial intitulado “Missão Amazônia”.

O programa, dirigido por Massimo Milone e Nicola Vicenti, vai ao ar na próxima segunda-feira (23) e pode ser visto por telespectadores locais, pelos canais abertos da Rai 1 e Rai História, e por quem vive no exterior pela Rai Internacional. Nas entrevistas especiais, a participação dos cardeais Cláudio Hummes, relator geral do Sínodo; Lorenzo Baldisseri, secretário-geral da assembleia dos bispos; e Pedro Ricardo Barreto Jimeno, vice-presidente da Repam.

Igreja de rosto amazônico

Numa antecipação do próprio diretor de TV, Massimo Milone, Dom Cláudio afirma para o programa que “a Igreja na Amazônia não pode errar”. 

“Precisamos de uma Igreja com ‘rosto amazônico. E, por isso, para ter isso, deverá ser uma Igreja inculturada.”

Sínodo: vida, território e diálogo cultural

O secretário-geral Baldisseri reforça o pensamento de Dom Cláudio dando números àquela realidade: “neste grande território existem 3 milhões de indígenas, uma parte que vive na floresta e outra nas periferias. Nós queremos dar uma resposta seja no campo da ecologia seja para as pessoas em sentido cristão".

“As palavras-chave são vida, território e diálogo cultural. Uma Igreja que tem um papel profético, que lança uma mensagem sempre igual, aquela evangélica, mas num contexto novo.”

Para o vice-presidente da Repam, a Rede Eclesial Pan-amazônica, aquela região, “como diz o Papa Francisco, é um espelho de toda a humanidade e representa tanto o grito da terra quanto o grito dos pobres. E é um convite para renovar o diálogo sobre o modo pelo qual estamos construindo o futuro do planeta”.

Os sons amazônicos em Roma

O Missão Amazônia também traz a mobilização da juventude em relação ao tema, através da . Com o apoio da internet, o movimento recolhe adesões em todo o mundo para campanhas em defesa do meio ambiente. São mais de 650 organizações católicas parceiras à Rede, incluindo ordens religiosas, paróquias e milhares de cristãos.

O diretor executivo da Rede, Tomas Insua, explica ao Missão Amazônia que a encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco é a bandeira do movimento que, graças à internet, pode ser erguida em todo o mundo. “A palavra de ordem é ‘conversão’, na dimensão espiritual, no estilo de vida, na esfera pública. Uma mudança de coração. Mas, também, de gestos concretos”, afirma Tomas, em entrevista.

O diretor Massimo Milone antecipa uma dessas ações da Rede Internacional de Jovens Católicos que será desenvolvida durante o Sínodo Amazônico, intitulada “Sonosfera”. Na Via della Conciliazione, rua principal para se chegar ao Vaticano, os jovens vão apresentar uma reconstrução de sons provenientes da Amazônia.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

17 setembro 2019, 09:58