Faleceu Vincent Lambert. Santa S¨¦: uma derrota para a humanidade
Cidade do Vaticano
Vincent Lambert completaria 43 anos em setembro próximo. O enfermeiro francês faleceu na manhã desta quinta-feira (11/07) no hospital de Reims, no norte da França, onde se encontrava internado.
Desde o dia 2 de julho, há nove dias, lhe tinha sido suspensa a alimentação e hidratação após uma longa batalha legal. Vincent não se encontrava em fim de vida. Há mais de 10 anos encontrava-se em estado com consciência mínima ¨C para alguns, em estado vegetativo ¨C para outros, após o acidente automobilístico que o deixou tetraplégico.
Tuíte do Pontífice
O Papa Francisco fez vários apelos sobre o caso. Esta quarta-feira (10/07), num tuíte, o Santo Padre dissera: ¡°Rezemos pelos enfermos que são esquecidos e abandonados à morte. Uma sociedade é humana se protege a vida, toda a vida, do início a seu fim natural, sem escolher quem é digno ou não para viver. Que os médicos sirvam à vida, não a tirem¡±.
Tuíte da Pontifícia Academia para a Vida
Esta quinta-feira, num tuíte, a Pontifícia Academia para a Vida escreve: ¡°Dom Paglia e toda a Pontifícia Academia para a Vida rezam pela família de Vincent Lambert, para os médicos, por todas as pessoas envolvidas neste caso. A morte de Vincent Lambert e sua história são uma derrota para a nossa humanidade¡±.
Declaração da Sala de Imprensa da Santa Sé
E no final da manhã desta quinta-feira o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, fez a seguinte declaração: ¡°Recebemos com pesar a notícia da morte de Vincent Lambert. Rezamos a fim de que o Senhor o acolha em sua Casa e expressamos proximidade a seus entes queridos e a todos aqueles que, até o último momento, se empenharam em assisti-lo com amor e dedicação. Recordamos e reiteramos o que disse o Santo Padre, pronunciando-se sobre esse caso doloroso: Deus é o único dono da vida do início até o fim natural e é nosso dever protegê-la sempre e não ceder à cultura do descarte¡±.
Batalha legal
A suspensão da hidratação e alimentação autorizada em 2 de julho tinha sido determinada pelo Tribunal de Recursos que anulara a decisão do Tribunal de Apelação de prosseguir o tratamento à espera do parecer do Comitê da Onu para os Direitos das pessoas necessitadas de cuidados especiais.
De fato, o organismo das Nações Unidas tinha solicitado à França seis meses de tempo para examinar o caso. Jean e Viviane, seus pais, travaram uma árdua batalha legal para impedir que fossem interrompidas a alimentação e hidratação do filho, que o mantinham em vida.
A esposa Rachel e os médicos que tratavam dele tinham parecer contrário. Os médicos consideravam uma ¡°insensata obstinação¡± mantê-lo em vida. Para outros houve uma ¡°insensata obstinação¡± em fazê-lo morrer.
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