Caso Orlandi: nenhuma estrutura óssea posterior ao final de 1800
Cidade do Vaticano
Após novos trabalhados realizados na manhã deste domingo, 28, no Campo Santo Teutônico, no Vaticano, no âmbito das investigações sobre o desaparecimento de Emanucela Orlandi em 1983, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado, onde informa que os trabalhos foram concluídos às 12h30min. Durante as investigações de antropologia forense, o Prof. Arcudi não encontrou nenhuma estrutura óssea que remonte a um período posterior ao final de 1800.
O prof. Giovanni Arcudi, auxiliado por sua equipe - na presença do perito de confiança designado pela família Orlandi - completou a análise morfológica dos achados encontrados nos ossuários (várias centenas de estruturas ósseas parcialmente intactas e milhares de fragmentos).
Material ósseo à disposição da Justiça
Mesmo com o parecer o professor, o perito da família pediu que fosse realizada uma análise laboratorial dos cerca de setenta ossos e fragmentos ósseos. O professor Arcudi e sua equipe não endossaram o pedido, pois o material analisado têm características de datação muito antigas.
Assim sendo, as amostras foram recolhidas e mantidas no Comando da Gendarmaria, estando à disposição do Promotor de Justiça, que decidirá qual o procedimento a ser adotado.
Ao comunicar estas operações, a Santa Sé confirma sua disposição de buscar a verdade sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi e nega categoricamente que essa atitude de total cooperação e transparência possa significar de alguma forma, como dizem alguns, uma admissão implícita de responsabilidade.
A busca da verdade é do interesse da Santa Sé e da família Orlandi.
Transparência da Santa Sé
A transparente vontade da Santa Sé ficou evidente, não só nas investigações e exames em andamento no Campo Santo Teutônico, mas também naquelas realizadas pelas autoridades italianas, após uma assinalação da Gendarmaria do Vaticano, na sede da Nunciatura na Itália, na Villa Giorgina, para as quais foi comunicado, em 3 de julho, o pedido de arquivamento por parte do Ministério Público no Tribunal de Roma.
De acordo com as conclusões das autoridades italianas, que iniciaram o processo de devolução dos ossos encontrados em Villa Giorgina em 25 de julho, a datação dos achados remonta a um período entre 90 e 230 dC
Estes fatos desmentem qualquer conexão com o doloroso desaparecimento de Emanuela Orlandi.
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