Vaticano: selos de Natal desenhados por detento de Mil?o
Cidade do Vaticano
O Vaticano colocará à venda, na próxima sexta-feira (09/11), uma série de selos de Natal assinada por Marcello D¡¯Agata, detento no cárcere de Milano Opera.
A iniciativa nasceu no âmbito do projeto ¡°Filatelia nos Cárceres¡± que o jornalista Danilo Bogoni acompanha há anos na prisão milanesa.
¡°Quando eu era criança, desenhava sempre toda vez que tinha um papel branco nas mãos¡±, escreve Marcello sobre sua paixão por lápis e cores.
¡°Naturalmente, eram somente rabiscos, mas eu gostava, pois naquelas folhas eu dava forma e cor às minhas emoções, sobretudo aos meus sonhos. Depois, o destino, que talvez eu poderia ter evitado se tivesse tido mais força interior, mais instrução e também mais condições para entender que as escolhas erradas se pagam. Desde então, eu parei de desenhar, colorir os meus sonhos e o futuro. Há quase vinte e cinco anos estou fechado em ambientes que impedem as cores de animar minha vida.¡±
O projeto ¡°Filatelia nos Cárceres¡±
Não se trata de uma metáfora. Marcello D'Agata está na prisão Milano Opera. ¡°Isso, pelo menos, até alguns anos atrás. Desde que a Diretoria da Casa de Reclusão permitiu que um grupo restrito participasse de um curso de design, a fonte de inspiração e as habilidades inativas voltaram à vida¡±.
A atenção do Papa aos encarcerados
¡°Os últimos entre os últimos¡±, lê-se na nota do Departamento Filatélico e Numismático do Vaticano, ¡°estão desde sempre no coração do Papa Francisco e sobre sua situação muitas vezes o Pontífice se pronunciou: os que estão nos cárceres estão descontando uma pena, um pena pelo erro cometido. Não nos esqueçamos de que para que a pena seja fecunda, deve ter um horizonte de esperança, caso contrário permanece fechada in si mesma e acaba sendo somente um instrumento de tortura. Não é fecunda¡±.
60 mil exemplares
Os selos, de 1 euro e 10 centavos e 1 euro e quinze centavos, são impressos em até sessenta mil exemplares. Há também a versão do livreto, incluindo duas séries.
¡°Do desenho à pintura, o passo foi breve. Apaixonei-me imediatamente pela pintura e procurei também melhorar no âmbito pessoal. O amor pela arte despertou uma parte de mim que eu não conhecida, pois estava escondida na escuridão que roubou minha vida¡±, conclui Marcello.
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