Sínodo: Igreja seja “rede de acompanhamento” para jovens
Barbara Castelli e Andressa Collet – Cidade do Vaticano
“Escuta, empatia e pedras descartadas”. Essas foram as palavras pronunciadas mais vezes durante as últimas congregações da XV Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, como fez referência o prefeito do Dicastério para a Comunicação e presidente da Comissão Sinodal para a Informação, Paolo Ruffini.
Durante a terceira e quarta congregação geral foram tocados os temas da paternidade e da maternidade, como também a questão da castidade e desafios da era digital. “Os jovens”, como especificou Ruffini, “se sentem vítimas de uma sociedade fundada sobre a mentira” e pedem para “serem escutados e não simplesmente ouvidos”, para serem “levados à sério”.
A vergonha da Igreja pelos abusos cometidos
Dom Anthony Colin Fisher, da Conferência Episcopal da Austrália, novamente e pessoalmente pediu perdão pela questão dos abusos: “nós deveríamos ter garantido que a Igreja fosse o lugar mais seguro para as crianças, sentimos vergonha por aquilo que aconteceu”. O prelado também disse aos jornalistas que “existem muitos jovens e ex-jovens, feridos”, pessoas que tiveram a confiança traída: “a Igreja deve falar para eles e não deles, como se fossem um fenômeno”.
Afeto e esperança para os jovens
O arcebispo australiano falou também da grande “variedade” dos contextos que estão emergindo na Sala do Sínodo, do “realismo” das intervenções, do afeto e da “esperança” que se respira diante dos jovens. “Cristo é Deus que se fez jovem”, insistiu Dom Anthony, “Ele nos renova, assim como renova o mundo com os jovens, geração após geração”.
Um Sínodo com as cores do mundo
Durante o briefing, Tahiry Malala Marion Sophie Rakotoroalahy, presidente dos Estudantes Católicos de Madagascar, comentou que o Sínodo é “o ponto de partida” e uma “verdadeira bênção” para os jovens, que “devem ser apóstolos dos outros jovens”.
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