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Dom Auza (Santa S¨¦) na Onu: guerra nuclear, cat¨¢strofe inimagin¨¢vel

¡°Um ¡°simples erro mec?nico, eletr?nico ou humano¡± poderia ¡°riscar do mapa cidades inteiras¡±. Eis o motivo pelo qual a exist¨ºncia ¡°de mais de catorze mil armas nucleares em m?os de poucos pa¨ªses¡± representa ¡°um dos maiores desafios morais do nosso tempo¡±, afirmou o arcebispo Bernardito Auza.

Cidade do Vaticano

¡°Uma guerra nuclear seria uma catástrofe de proporções inimagináveis.¡± Com essas palavras, o observador permanente da Santa Sé na Onu, Dom Bernardito Auza, se pronunciou na segunda-feira (22/10) na 73º sessão da Assembleia Geral, primeira Comissão temática sobre desarmamento nuclear, em andamento ¨C de 17 a 31 de outubro ¨C na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Histórica oposição da Igreja às armas nucleares

¡°Mesmo um uso limitado de armas nucleares mataria um número incalculável de pessoas, causaria um enorme dano ambiental e penúria¡±, ressaltou o representante vaticano. ¡°Um ¡°simples erro mecânico, eletrônico ou humano¡± poderia ¡°riscar do mapa cidades inteiras¡±. Eis o motivo pelo qual a existência ¡°de mais de catorze mil armas nucleares em mãos de poucos países¡± representa ¡°um dos maiores desafios morais do nosso tempo¡±, insistiu Dom Auza.

Uma ameaça para a humanidade inteira

O arcebispo filipino evocou também as palavras do Papa Francisco sobre esta ¡°escalation nuclear¡±, ¡°moralmente inaceitável¡±. ¡°A dissuasão nuclear e a ameaça da destruição recíproca assegurada ¨C disse, citando a mensagem do Pontífice para a terceira Conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares (Viena, 8-9 de dezembro de 2014) ¨C não podem ser a base de uma ética de fraternidade e de coexistência pacífica entre os povos e os Estados.¡±

O núncio apostólico recordou, com pesar, que os Estados dotados de armas nucleares não ¡°respeitaram¡± as ¡°obrigações legais¡± traçadas no Tratado de não proliferação, que dentro em breve alcançará os cinquenta anos de vida.

Do anos da Guerra Fria até hoje foram dados passos significativos, é claro, mas é preciso também denunciar ¡°a modernização das armas nucleares empreendida por alguns Estados¡±.

Proibir as armas nucleares em benefício da casa comum

 

Passado um ano da adoção do Tratado sobre a proibição das armas nucleares, ratificado também pela Santa Sé, que ¡°proíbe o uso, a ameaça de utilização, o desenvolvimento, os testes, a produção e a posse de armas nucleares¡±, ainda não se percebem plenamente as possíveis consequências desastrosas para o homem e o ambiente, cenários catastróficos descritos por muitos analistas. Chegou o tempo para a ação e é ¡°premente¡± a urgência de um diálogo sério entre os Estados, de modo que as ¡°armas nucleares sejam proibidas uma vez por todas, em benefício da nossa casa comum¡±.

A denúncia clarividente da Igreja

¡°A oposição da Igreja católica às armas nucleares tem uma longa história¡±, recordou o observador permanente da Santa Sé na Onu. Em 1943, Pio XII advertiu para o possível ¡°uso violento da energia nuclear¡±; em 1962, o Papa João XXIII pediu ¡°o banimento das armas nucleares¡±, bem como seus sucessores.

Por fim, o arcebispo Auza recordou a ¡°Constituição apostólica Gaudium et spes: ¡°a corrida armamentista é uma das chagas mais graves da humanidade e prejudica os pobres de modo intolerável¡±.

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24 outubro 2018, 09:30