Padre Douglas: o Encontro n?o acabou! ?Hora de testemunhar
Padre Douglas de Freitas Ferreira - Cidade do Vaticano
Caros amigos ouvintes da rádio Vaticano hoje nos encontramos para esse último programa da série que teve como objetivo preparar-nos para o Encontro Mundial das Famílias que aconteceu em Dublim, Irlanda. O Encontro, no entanto, não acabou foi, sim, um momento para que a Igreja, reunida com o Papa, refletisse com as famílias sobre o tema: O Evangelho da Família, alegria para o mundo e, na homilia ao final da missa, o Papa Francisco pediu para partilhar e testemunhar o Evangelho das famílias como alegria para o mundo. E como isso acontece? A resposta ele nos ofereceu no encontro com as famílias que aconteceu no sábado durante o festival: O Evangelho das famílias como alegria para o mundo surge do encontro com o amor de Deus que salva, que se manifesta com palavras e gestos no dia-a-dia da vida matrimonial que gera e conduz para a santidade.
Irmãos e irmãs, por outro lado, as palavras que ouvimos nos dias do encontro necessitam ser aprofundadas e ecoar nas famílias e entre as famílias, nas paróquias, nas associações, com os nossos amigos, nas Dioceses, nas pastorais nas conversas de casa, enfim! As palavras precisam ser refletidas, encarnadas e testemunhadas. Das palavras ditas pelo santo Padre, gostaria de destacar aquelas que surgiram do diálogo com as famílias - seja no encontro na Catedral de Santa Maria, seja na festa das famílias - podemos tomá-las como guias certas para o futuro aprofundamento, juntamente com os documentos da Igreja sobre a família e destaco a Familiaris Consortio e a Amoris Laetitia.
A vocação ao matrimônio
Um dos pontos que o Papa recordou é que o matrimonio para nós cristãos não é apenas uma instituição, mas é também um sacramento que, conservando as características de sacramento da criação, dentro da perspectiva cristã deve ser acolhido também como vocação. A vocação ao matrimônio demonstra no seu modo de ser - de maneira privilegiada - o amor e, por isso, recorda o Papa as palavras de Santa Teresinha que podem ser aplicadas aos esposos: no coração da Igreja ser o amor. Que altissima vocação! Expressar o amor de Cristo e da Igreja através da vida matrimonial é o grande mistério que cada casal cristão deve testemunhar para o mundo. O amor e a vida conjugal nasce de um sonho e de um projeto que os esposos tornam realidade no sim do altar e no sim de cada dia, contudo, recordemos sempre que o sonho dos esposos é antes de tudo um sonho e um projeto de Deus.
O Papa enfatizou também que casar-se é belo e não pode ser submetido ao provisório, a vida matrimonial - se promete para toda a vida - é um testemunho forte diante de um mundo onde as pessoas não querem mais o duradouro; não se deseja o duradouro porque não se sabe mais amar. O Papa deixa claro que o testemunho do casal cristão deve ser àquele que demonstra - mesmo em meio as crises - que o amor é maior, que o perdão é parte da vida matrimonial e que os gestos de amor e carinho devem ser realizados sempre entre os esposos e que se vividos em profundidade nas relações com Deus, em especial ao aproximar-se dos sacramentos, se terá o vínculo forte e nutrido.
O amor dos esposos deve ser um amor generativo
Outro ponto que gostaria de chamar atenção é que o Papa se preocupa com o fato que o amor dos esposos deve ser um amor generativo, aberto a vida. Ele se alegrou muito ao ver aquela família no encontro que estavam com os seus dez filhos. O amor somente é amor quando é capaz de gerar. Primeiro gera o testemunho de amor de Cristo e da Igreja e, por isso, no doar-se mutuamente, a família gera filhos, e filhos são bênçãos não problemas econômicos como sugere o mundo. Estar aberto a vida é sinal de grande amor. E os filhos, enfatizou o Papa inúmeras vezes, é a graça de saber que a sociedade tem um futuro. Quanto mais filhos, mais futuro. Ao mesmo tempo o papa demonstrou muita preocupação com os aqueles que são avôs e avós. É certo termos muitos filhos, mas é certo também saber cuidar e valorizar aqueles que tem muitas histórias para contar e muita sabedoria de vida. Assim é claro no pensamento do Papa Francisco que a família é aquela que gera filhos e sabe cuidar das pessoas de idade mais avançada e assim construir um futuro grande.
Assim caros amigos e amigas, a Família como vocação ao amor e a santidade, a Família como testemunha de estabilidade num mundo de provisórios e e uma família aberta ao futuro porque sabe gerar filhos e cuidar dos mais velhos penso que são os pontos centrais das palavras do Papa que podemos aprofundar juntos.
Obrigado por ter acompanhado esses encontros. Deus os abençoe, um abraço forte daqui da equipe da rádio Vaticano para você e toda a sua família.
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