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Arcivescovo Bernadito Auza, Osservatore Permanente della Santa Sede presso le Nazioni Unite a New York, ad un evento a ONU il 4 giugno 2018 Arcivescovo Bernadito Auza, Osservatore Permanente della Santa Sede presso le Nazioni Unite a New York, ad un evento a ONU il 4 giugno 2018 

Dom Auza ¨¤ ONU: os mediadores s?o artes?os e instrumentos de paz

Dom Bernadito Auza, n¨²ncio apost¨®lico e observador permanente da Santa S¨¦ na ONU, fala sobre a media??o nos conflitos e as experi¨ºncias da Igreja Cat¨®lica. ¡°Imparcialidade e confian?a total das partes em conflito s?o os requisitos do bom mediador, e enquanto procura resolver o conflito deve construir um futuro de paz"

Cidade do Vaticano

A autêntica mediação na resolução dos conflitos ¡°requer a participação de todas as partes envolvidas, não apenas as de liderança mas também de toda a comunidade, em particular dos que sofreram o conflito¡±. São palavras do arcebispo dom Bernadito Auza, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, no dia 29 de agosto durante o debate aberto do Conselho de Segurança sobre o tema ¡°Mediação e resolução dos conflitos¡±.

Próximo das vítimas de violências e injustiças

Na sua experiência direta, a Igreja Católica, muitas vezes foi chamada para moderar conflitos entre Estados e povos, assim pôde aprender ¨C observou o prelado ¨C uma lição fundamental, que é preciso ¡°ouvir e estar próximo das vítimas de injustiças e violências geradas pelo conflito¡±.

Dom Auza recordou o caso de 1978 quando os líderes da Argentina e do Chile contrapostos sobre a determinação de suas fronteiras meridionais e que, graças ao apelo do Papa João Paulo II para que as negociações não fossem interrompidas, souberam recompor a complicada disputa. Também foi lembrado por dom Auza a mediação da Igreja nos acordos de paz entre governos e forças rebeldes em Moçambique e mais recentemente na Colômbia. São todos ¡°exemplos ¨C disse ¨C do quanto seja necessário deixar abertos todos os caminhos de mediação para resolver controvérsias e jamais abandonar o processo de paciente diálogo e negociações para alcançar uma solução que seja justa com meios pacíficos para ambas as partes, como devem fazer os povos civilizados¡±.

A cultura do encontro deve ser o centro da mediação

Como foi evidenciado pelo Papa Francisco na sua viagem à Colômbia, em setembro do ano passado, ¡°a busca da paz é um trabalho sempre aberto¡±. De fato, a ideia central na mediação é a ¡°cultura do encontro¡± que ¡°privilegia ¨C explicou o representante da Santa Sé ¨C o respeito recíproco e a compreensão¡± não apenas em resolver as questões de disputa, mas também no nosso relacionamento com os outros, dando prioridade ao ¡°incessante trabalho de paz e de reconciliação no nosso dia a dia¡±. A cultura do encontro ¨C recomenda Francisco - exige que, no centro de toda a ação política, social e econômica, se coloque a pessoa humana, a sua sublime dignidade e o respeito pelo bem comum¡±.

O elemento chave é a imparcialidade

Outro elemento chave para o bom êxito da mediação internacional é a imparcialidade. Diante de casos com êxitos negativos, ¡°devemos nos perguntar se fomos imparciais, altruístas e perseverantes mediadores, cujas partes em conflitos possam contar com toda confiança¡±.

Mediar conflitos para construir um futuro de paz

¡°A participação aos processos de paz são realizadas em todos os níveis, desde a mesa de negociações às iniciativas de base¡±. ¡°Os conflitos deixam feridas muito profundas, e um processo inclusivo e participativo de mediação e resolução do problema é essencial para que o processo de restabelecimento e reconciliação continue muito tempo após a assinatura de acordos¡± explicou dom Auza. ¡°Um bom mediador, - concluiu ¨C enquanto trabalha para resolver os conflitos, constrói um futuro de paz. Os mediadores são artesãos e instrumentos de paz¡±, aos quais deve-se agradecer pelos ¡°preciosos serviços¡± prestados à humanidade.

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31 agosto 2018, 11:07