Encontro no Vaticano recorda 3 anos da Laudato Si’
Cidade do Vaticano
O Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral vai se tornar o primeiro organismo vaticano a não utilizar mais o plástico. E para limitar o seu uso – e se possível até mesmo de evitar o seu uso - em outras realidades do Estado da Cidade do Vaticano, um pedido explícito será encaminhado ao Governatorato e à Secretaria de Estado.
O anúncio foi dado pelo cardeal ganês Peter Turkson, prefeito do dicastério, durante a coletiva de imprensa para a apresentação do Simpósio internacional "Salvar a nossa casa comum e o futuro da vida na terra", que terá lugar na Sala nova do Sínodo, no Vaticano, de 5 a 6 de julho, por ocasião do terceiro aniversário de Laudato Si.
O encontro realiza-se três anos após a publicação do documento do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. As palavras proféticas do Pontífice, enfatizou o cardeal, continuam ainda hoje a ecoar nas igrejas, nas salas das paróquias e das universidades e em eventos internacionais.
As suas palavras, que falam do coração ferido do homem pelo pecado, mas também das feridas infringidas diariamente ao solo, à água, ao ar e aos seres vivos, interpelam o comportamento de cada pessoa em relação à casa comum e soam como uma advertência para que a terra e seus recursos não sejam saqueados.
Por outro lado, acrescentou o purpurado, a pergunta recorrente do Papa sobre o tipo de mundo que queremos transmitir em herança a quem vem depois de nós, é um desafio explícito para mudar de rumo.
De fato, assinalou o cardeal Turkson, Francisco está convencido de que as coisas podem mudar. E é esse otimismo que inspira todo o trabalho do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
O cardeal recordou ainda que em 26 de novembro de 2015, durante a visita à sede das Nações Unidas em Nairobi, o Papa em seu discurso voltou a expressar sua grande preocupação pelo futuro do mundo, ameaçado por uma catástrofe devido a interesses privados que prevalecem sobre o bem comum. Ele fez isso para sinalizar a urgência de se tomar consciência sobre o estado de precariedade em que está o nosso planeta.
O cardeal, depois, elencou algumas motivações que levaram o dicastério a organizar este Simpósio internacional, como o interesse pelo destino das populações indígenas e pelo seu ambiente natural em risco de destruição. Mas também a preparação ao encontro dedicado à tutela dos oceanos que terá lugar em Bali, e uma referência à relação entre os jovens e o futuro do planeta, em vista do próximo Sínodo. (L’Osservatore Romano)
Adriana Opromolla, responsável pelas políticas nas áreas de segurança alimentar e das mudanças climáticas da Caritas Internacional, estava na apresentação do Simpósio e falou com Cristiane Murray, do Pope:
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