Dom Auza: promover diálogo e negociação entre israelenses e palestinos
Cidade do Vaticano
O observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, Dom Bernardito Auza, proferiu um discurso na 38ª reunião da 10ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta quarta-feira (13/06).
O arcebispo frisou que “a delegação da Santa Sé aprecia o compromisso dos Estados membros a fim de proteger a população civil palestina, evitar novas ondas de violência e promover o diálogo e negociação entre israelenses e palestinos sobre o processo de paz”.
Paz, do diálogo e da negociação
Citando o apelo do Papa Francisco no final da Audiência Geral de 16 de maio passado, Dom Auza reitera que a Santa Sé manifesta a preocupação do Papa Francisco pela “escalada de tensões na Terra Santa e no Oriente Médio”, “grande tristeza pelas vítimas e feridos” e proximidade a todos os que sofrem.
Como vimos várias vezes, “a guerra gera guerra, a violência gera violência” e “a espiral da violência desvia ainda mais do caminho da paz, do diálogo e da negociação”. A paz é o “requisito vital para a realização dos direitos humanos de todos”. “Todo ser humano tem o direito de desfrutar da paz e vê-la restaurada no menor tempo possível”, reiterou Dom Auza.
Proteção dos civis
Recentemente, a Santa Sé teve a ocasião de assinalar que a Quarta Convenção de Genebra (1949) coloca a proteção dos civis no centro do Direito Humanitário Internacional
“Em 1977, os Protocolos adicionais às Convenções de Genebra melhoram significativamente a proteção jurídica de cobertura a civis e feridos. Portanto, é um imperativo humanitário evitar o ataque a civis e infraestruturas como tática de conflito, bem como a politização e militarização da ajuda humanitária.”
Força e tenacidade
A Santa Sé mais uma vez “pede coragem para dizer sim ao encontro e não ao conflito, sim ao diálogo e não à violência, sim às negociações e não às hostilidades, sim ao respeito pelos acordos e não aos atos de provocação, sim à sinceridade e não à duplicidade. Tudo isso requer coragem, é preciso força e tenacidade”.
A Santa Sé renova o seu apelo para que “prevaleçam a sabedoria e a prudência, a fim de evitar novos elementos de tensão num panorama global perturbado e marcado por muitos conflitos cruéis”.
Jerusalém, lugar de grande significado religioso
Segundo o arcebispo, “não há dúvida de que a Cidade Santa de Jerusalém seja o lugar de grande significado religioso não apenas para os habitantes da Terra Santa, mas também para os seguidores das três religiões abraâmicas monoteístas em todo o mundo”.
Por essa razão, a Santa Sé reitera o que já expressou durante a 37ª reunião da 10ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em 21 de dezembro de 2017, que “é obrigação de todas as Nações respeitar o status quo histórico da Cidade Santa, de acordo com as Resoluções relevantes da ONU”, e que “somente um status garantido internacionalmente pode preservar seu caráter único e ser garantia de diálogo e reconciliação para a paz na região”.
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