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Apostolado do Mar é tema de encontro em Roma Apostolado do Mar é tema de encontro em Roma 

Apostolado do Mar em debate em Roma

Ouça a entrevisa com o sacerdote scalabriniano brasileiro Padre Olmes Milani, que atualmente exerce sua função em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano

Realiza-se a partir desta terça-feira (19/06), em Roma, o Encontro dos Coordenadores do Apostolado do Mar, promovido pelo Pontifício Conselho para o Desenvolvimento Humano Integral.

Deste evento participa o sacerdote scalabriniano brasileiro Padre Olmes Milani, que atualmente exerce sua função em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“Vamos passar uns dias refletindo sobre a situação atual desse trabalho no mundo, projetar o que fazer nos próximos três ou quatro anos, detectar quais são os problemas principais que os nossos marítimos encontram em diversas situações: marinha mercante, navios abandonados ou marinheiros que estão passando por dificuldades econômicas devido à falta de pagamento e inclusive o cuidado pastoral e de apoio que cada capelão e a sua equipe deve fazer nos portos do mundo.”

Padre Olmes Milani afirma que o trabalho que presta em Dubai é feito dentro daquilo que a legislação local permite, sendo que portos e aeroportos são lugares considerados de segurança máxima.

“Um dos trabalhos que estamos fazendo é nos navios cujo um ou dois tripulantes morrem à bordo do navio. Os marinheiros não trabalham tranquilamente se não for feito algo pela pessoa que faleceu. A gente vai até o navio e faz uma oração com os marinheiros. Nessas ocasiões, não há pessoas que não acreditem em Deus e aparece tudo que é religião: cristão, muçulmano, budista, porque querem manifestar solidariedade entre si, para se encorajar, e para que o espírito da pessoa esteja em paz.”

Padre Olmes explica que, nesses casos, o corpo é deixado no primeiro porto que o navio possa ter acesso.

“Na maior parte das vezes o corpo não chega à bordo do navio, ele já foi deixado em algum país e de lá é enviado ao país de origem. À bordo do navio nós quase nunca encontramos os corpos, mas como o corpo esteve alguns dias, às vezes até semanas, criam-se diversos tipos de crenças e superstições e a gente vai lá esclarecer aos marinheiros sobre isto.”

Ouça a entrevista ao Padre Olmes Milani

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19 junho 2018, 08:37