Santa Sé: Dom Martin, promover economia inclusiva e sustentável
Cidade do Vaticano
Promover “uma economia inclusiva, sustentável e participativa” para corrigir a rota do atual modelo econômico, que produz desigualdades e novas pobrezas. É a receita do arcebispo de Dublin, na Irlanda, Dom Diarmuid Martin, expressa durante a apresentação – esta quarta-feira (18/04) na Sala de Imprensa da Santa Sé – da atividade da Fundação “Centesimus Annus – Pro Pontifice”, por ocasião de seu 25º aniversário, e do Simpósio internacional “Novas políticas e estilo de vida na era digital”, programado para realizar-se em Roma nos dias 24 a 26 de maio próximo no Palácio da Chancelaria.
"Corrigir" mundo da economia
“Construir pontes” entre os princípios éticos que caracterizam a doutrina social da Igreja e os desafios que os políticos e os governos estão enfrentando na situação financeira atual: esse é um dos compromissos da Fundação, na esteira das solicitações do Papa Francisco, que encoraja a “corrigir” o mundo econômico olhando para as causas da exclusão dos mais pobres.
“É dever dos economistas e dos políticos desenvolver e experimentar novos modelos de economia que gerem equidade”, afirmou Dom Martin. Outra chaga a ser enfrentada é a corrupção, “difundida no mundo inteiro a nível econômico”, destacou.
Encontro Mundial das Famílias em Dublin
O trabalho, com o desemprego juvenil que já se tornou “uma característica das economias ocidentais”; a família, objeto do próximo Encontro mundial de agosto em Dublin com o Papa; as migrações, com seus efeitos também sobre as economias mundiais: são as três questões principais que caracterizam atualmente a atividade da Fundação Centesimus Annus, instituída por São João Paulo II em 1993 como “um lugar aberto de debate para promover o estudo e a difusão da doutrina social da Igreja”.
“Um crescimento não inclusivo aumenta as desigualdades, a pobreza relativa e o fluxo migratório”, disse por sua vez na referida apresentação na Sala de Imprensa da Santa Sé, Anna Maria Tarantola, membro do Conselho de administração da Fundação pontifícia.
Audiência com o Papa Francisco
O Simpósio da Fundação se concluirá com um discurso sobre “uma agenda comum cristã para o bem comum” a ser proferido pelo Patriarca ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I, numa sessão presidida pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin. Depois se terá uma audiência privada com o Papa Francisco.
Entre os oradores encontram-se expoentes da Pontifícia Academia para a Vida, da Fundação vaticana Gravissimum Educationis, da Fao, da Confederação europeia dos sindicatos, além de economistas engajados no trabalho acadêmico e dirigentes empresariais.
(Agência Sir)
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