Santa S¨¦ condena uso de rob?s autom¨¢ticos na guerra
Cidade do Vaticano
O uso das armas letais automáticas, os chamados ¡°robôs assassinos¡± ¨C que diferentemente dos drones não são comandados à distância por um ser humano, mas agem baseados em algarismos previamente estabelecidos ¨C, tornará a guerra ¡°ainda mais desumana¡±, porque ¡°qualquer tecnologia para ser aceitável deve ser compatível e coerente com a justa concepção da pessoa humana, primeiro fundamento da lei e da ética¡±.
Foi o que disse o observador permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Ivan Jurkovi?, em pronunciamento esta segunda-feira (09/04) na cidade helvécia ao grupo de discussão entre especialistas governamentais sobre os Sistemas de armas letais automáticas.
¡°Toda intervenção armada deve ser atentamente ponderada e em cada ocasião se deve verificar a sua legitimidade, legalidade e conformidade com os objetivos previstos, que devem ser também estes legítimos tanto do ponto de vista ético quanto legal¡±, continuou o representante vaticano, especificando que ¡°estas tarefas têm se tornando cada vez mais complexas e demasiadamente não bem definidas para ser confiadas a máquinas, que são ineficazes diante de dilemas morais¡±.
Buscando criar um consenso legal e uma base ética sobre o tema, a delegação da Santa Sé pediu para focar a discussão no princípio de ¡°não-contradição antropológica¡±, quando se fala de robotização e ¡°desumanização¡± da guerra.
Uma arma automática não pode ser um sujeito moralmente responsável e é incapaz de assumir escolhas éticas mais complexas do que as fixadas por sua programação, escolhendo por exemplo atingir objetivos civis para obter sucessos militares.
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