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Papa Francisco com os monges budistas em Mianmar Papa Francisco com os monges budistas em Mianmar  (Ossevatore Romano)

Cristãos e budistas unidos contra a ǰܱçã

Para os budistas, a ǰܱçã é “um estado mental doentio, que causa sofrimento e polui a sociedade”, criado por toxinas como a “ganância, o ódio e a desilusão ou ignorância”.

Cidade do Vaticano

O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso enviou uma mensagem aos budistas por ocasião do Vesakh 2018, festa mais importante para os budistas em que se comemora os eventos principais da vida de Buda.  

“Promover uma cultura livre da corrupção, incentivando os respectivos fiéis a crescerem na integridade moral e no sentido de equidade e responsabilidade. Como líderes religiosos, devemos contribuir na promoção de uma cultura imbuída de legalidade e transparência”, afirma no texto o organismo vaticano.

Cristãos e budistas denunciam firmemente o mal da corrupção. Na intenção de oração de fevereiro passado, o Papa Francisco quis dizer não à corrupção, sublinhando que muitas vezes os pobres pagam o preço mais alto desse fenômeno.

Para os budistas, a corrupção é “um estado mental doentio, que causa sofrimento e polui a sociedade”, criado por toxinas como a “ganância, o ódio e a desilusão ou ignorância”. O segundo preceito do budismo é abster-se de tomar o que não é dado.

“Reconhecemos, infelizmente, que alguns de nossos seguidores participam de práticas corruptas e isso leva ao mau governo, associação para a corrupção e pilhagem de bens da nação.”  

As pessoas ficam “escandalizadas com políticos incompetentes e corruptos, com uma legislação ineficiente e com a incapacidade de investigar os casos de corrupção mais relevantes”. Por conseguinte, “surgiram movimentos populistas, às vezes motivados e apoiados pelo fundamentalismo religioso, que protestam contra as violações da integridade pública”.

“Acreditamos que a corrupção não possa ser respondida com o silêncio”, afirma a mensagem, convidando a colaborar com os meios de comunicação e com a sociedade civil a fim de prevenir e denunciar a corrupção, com o objetivo de “responsabilizar os funcionários públicos por suas ações que afetam os bens nacionais sem considerar suas afiliações étnicas, religiosas, políticas ou de classe”.

“Queridos amigos, promovamos em nossas famílias e instituições sociais, políticas, civis e religiosas um ambiente sem corrupção a fim de viver uma vida honesta e íntegra”, conclui a mensagem do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, desejando “uma festa do Vesakh pacífica e alegre”.

Mensagem aos budistas

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11 abril 2018, 17:39