Inculturação da fé aproxima mundo cristão e chinês, diz Dom Gallagher
Cidade do Vaticano
A missão da Igreja na China hoje é a de ser “plenamente católica e genuinamente chinesaâ€, tornando o Evangelho acessível a todos e colocando-o a serviço do bem comum.
Foi o que afirmou o secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Gallagher, ao participar na manhã desta sexta-feira, 23, na Pontifícia Universidade Gregoriana, do Seminário “Cristianismo na China. Impacto, interação e enculturaçãoâ€.
O prelado recordou que “as relações entre China e Igreja Católica atravessaram no tempo fases diversas, alternando momentos de cooperação profícua com momentos de grande incompreensão e hostilidade, levando às vezes, a situações em que a comunidade de fiéis viveu um grande sofrimentoâ€.
“Todavia – sublinhou Dom Gallagher – examinando atentamente as questões, o método que no passado tornou possível um encontro frutuoso entre o 'mundo‘ cristão’ e o ‘mundo chinês’, foi o da inculturação da fé por meio da experiência concreta do conhecimento, da cultura artística da amizade com o povo chinêsâ€.
Cardeal chinês Tongm Hong
O cardeal chinês John Tong Hong por sua vez, sublinhou em seu pronunciamento o quanto o diálogo “seja indispensávelâ€.
“A comunidade cristã e a sociedade chinesa – afirmou – são atualmente as maiores comunidades do mundo, cada uma com sua profunda cultura e a sua histórica tradiçãoâ€.
Mas se cada um dá um passo e se aproxima do outro, “contribui-se assim ao enriquecimento recíproco e à coexistência pacíficaâ€.
O papel dos jesuítas na China
O reitor da Gregoriana, padre Nuno da silva Gonçalves, recordou que os jesuítas deram um impulso decisivo no encontro entre a cristandade e o povo chinês, citando o padre Matteo Ricci e padre Alessandro Valignano.
“A rica experiência do passado – concluiu – é ainda inspiração para a Igreja Católica de hojeâ€.
O Seminário na Gregoriana teve início na quinta-feira, 22, e conclui-se esta sexta-feira, reunindo também participantes de centros acadêmicos estatais e religiosos do Extremo Oriente (Pequim, Xangai, Jinan, Chengdou, Hong Kong) e do Ocidente (Heidelberg, Roma, Londres, Gothenburg, Münster, Washington).
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