Subsídio da Penitenciaria Apostólica sobre a confissão e a indulgência
Cidade do Vaticano
O perdão é uma festa. E para o pecador não pode existir maior felicidade do que aquela experimentada quando recebe a absolvição sacramental.
Em síntese, é o que diz a publicação da Penitenciaria Apostólica “A festa do perdão com o Papa Francisco. Subsídio para a confissão e as indulgências” (Livraria Editora Vaticana, 100 pág., 8 euros), um instrumento útil com indicações sobre como aproximar-se do Sacramento da Reconciliação com humildade, serenidade e boa preparação.
O Penitenciário-Mor, Cardeal Mauro Piacenza, e Mons. Krysztof Nykiel, regente, escrevem na introdução que este subsídio tem por objetivo encorajar os fiéis a colocar a confissão no centro da vida cristã, e isto com o auxílio das palavras do Papa Francisco compiladas neste pequeno volume, de forma a constituir um válido apoio quer ao penitente como ao confessor, para que “a ninguém sinceramente arrependido seja impedido o acesso ao amor do Pai que espera o seu retorno, e que a todos seja oferecida a possibilidade de experimentar a força libertadora do perdão”.
Ao folear as páginas, o leitor é induzido a entrar no coração da misericórdia de Deus, expressa por meio do sacerdote que concede a absolvição.
Trata-se de um caminho pessoal e comunitário acompanhado pelas exortações do Pontífice contidas nas homilias e discursos pronunciados em várias ocasiões. O leit motiv é sempre o de fazer compreender que “o Senhor nunca se cansa de perdoar”.
E neste sentido também é entendida a Penitenciaria Apostólica: “É o tipo de tribunal que realmente me agrada – sublinhou Francisco em 17 de março passado, falando aos participantes do curso de foro interno – porque é um “tribunal da misericórdia”, ao qual se dirige para obter aquele indispensável remédio para a nossa alma, que é a misericórdia divina”.
Assim, não é somente o fiel que encontrará pontos de reflexão e de formação sobre o Sacramento da Reconciliação; também os sacerdotes poderão enriquecer a sua experiência pastoral e espiritual com o apoio do magistério do pontífice.
“A confissão – recordou Francisco em 12 de março de 2015 – não deve ser uma “tortura”, mas todos deveriam sair do confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança, mesmo se às vezes, o sabemos, banhado pelas lágrimas da conversão e da alegria que acontece”.
As indicações de Francisco compiladas no subsídio, buscam precisamente favorecer o encontro entre o Pai e o pecador arrependido. E não podia faltar então uma referência à indulgência, com a qual o cristão – são ainda as palavras do Papa – é chamado a “experimentar a santidade da Igreja que participa a todos os benefícios da redenção de Cristo, para que o perdão seja estendido até às extremas consequências às quais alcança o amor de Deus”.
O subsídio termina com o comentário de Francisco sobre as três parábolas particularmente significativas na ótica da reconciliação: a da pecadora que beija os pés de Jesus, como narra Lucas em seu Evangelho; a da adúltera perdoada, segundo a narrativa de João, e a do servo impiedoso, como refere Mateus. Um único hino à misericórdia divina modulado em três tons diversos.
(’Osservatore Romano)
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