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2025.01.08 Udienza Generale

Papa: as ´Ú²¹³¾¨ª±ô¾±²¹s feridas precisam ser acompanhadas

Francisco responde na revista mensal ¡°Piazza San Pietro¡± a um pai que lhe conta sobre a dif¨ªcil experi¨ºncia da separa??o da esposa e incentiva respeito m¨²tuo e justi?a misericordiosa. Os filhos n?o podem ser ref¨¦ns do pai ou da m?e, mas filhos para amar e proteger, escreve o Pont¨ªfice. Cuidado com os presentes, pois eles podem ser uma chantagem para arrancar a prole do c?njuge. Redes e encontros devem ser promovidos para difundir a esperan?a de que ¨¦ poss¨ªvel se libertar das armadilhas do mal.

Pope

Colocar o coração em campo. Nos relacionamentos, o principal é isso. Essa foi a resposta do Papa Francisco a uma carta enviada a ele por Giorgio, um pai romano que contou sobre a difícil experiência de separação da esposa publicada na nova edição de "Piazza San Pietro", a revista mensal da Basílica do Vaticano que aprofunda temas de fé, espiritualidade e vida cotidiana. ¡°Somente a partir do coração as nossas famílias irão conseguir unir as diferentes inteligências e vontades e pacificá-las para que o Espírito possa nos guiar como uma rede de irmãos, porque a pacificação também é uma tarefa do coração¡±, explica Francisco, e esse "milagre social" só é possível se o nosso coração estiver "unido ao de Cristo" e somente assim "será possível parar e prevenir a violência nas famílias".

A história de Giorgio

Giorgio contou ao Papa - que mensalmente irá responder cartas de leitores na revista - que se separou após 5 anos de casamento e uma filha, e a pedido da própria esposa ¡°que tinha outro homem¡±. Anos depois, a mulher pediu ao juiz o passaporte da criança ¡°para se mudar a Atenas com o seu novo parceiro, de origem grega¡±, mas o juiz negou.

Um mês depois, Giorgio foi preso porque dentro de seu carro, enquanto sua filha estava com ele, a polícia encontrou cocaína. "Na prisão, rezei por muito tempo ao Padre Pio de Pietrelcina¡±, comentou ele. ¡±Depois de 8 dias, por um milagre (foi o que os magistrados e policiais me disseram), descobriram a verdade e me libertaram". Em seguida, a ex-sogra e dois outros cúmplices foram condenados.

Giorgio confidenciou ao Papa que transformou ¡°o mal recebido em bem para os outros¡± e, assim, derrotou ¡°o ódio e a vingança¡± dentro de si mesmo, tomando ¡°o único caminho que salvou minha vida¡±, e reagiu ¡°envolvendo muitas pessoas ao longo dos anos¡± na mesma situação, ¡°para obter as reformas do direito de família que garantem o direito dos filhos de pessoas separadas de poder simplesmente amar os pais e os avós¡±.

A Francisco, Giorgio pediu para compartilhar ¡°a defesa desse direito inviolável dos filhos que deve ser sempre protegido¡± e enfatizou que ¡°devemos parar com a violência que usa e instrumentaliza as crianças com brigas, chantagens e abusos que podem levar a tragédias familiares muito graves com homicídios e suicídios¡±.

Um testemunho de paz

¡°A sua história é um testemunho de paz¡±, comentou o Papa, "que encoraja em um mundo inflamado pelas guerras, pelo ódio, ao qual corresponde uma dramática crise da esperança, que ao contrário tem para todos". O Pontífice observou na resposta que ¡°em nome dos próprios interesses, mesmo afetivos, cometem-se violência e opressão, pensando assim em construir o próprio bem-estar, e em vez disso se fere a si mesmo¡± e que isso acontece ¡°nas invasões e nos conflitos mundiais, como na vida pessoal e familiar¡± e espera, compartilhando a proposta de Giorgio, ¡°que haja cada vez mais leis adequadas para permitir aos filhos de pais separados o encontro e o crescimento afetivo e amoroso com todos os seus familiares¡±.

Acompanhar as famílias feridas

Na sua resposta a Giorgio, nas páginas da revista, Francisco recomendou que as comunidades cristãs ¡°acompanhem as famílias feridas para que os filhos nunca se tornem reféns do pai e da mãe¡±. Às vezes somos ¡°reféns do egoísmo do coração humano, que nos torna feios. O egoísmo não nos torna belos¡±, acrescentou o Pontífice, que nos exorta a nunca fazer dos filhos reféns "do pai ou da mãe, mas filhos para amar e proteger", nos convidando a "ter cuidado" até mesmo com "os presentes aos filhos", porque "podem ser uma verdadeira chantagem" para arrancá-los "do afeto do marido ou da mulher". ¡°Assim, os presentes são um verniz do amor, uma ilusão, que tira a verdade do amor¡±, aprofundou o Papa. Por isso, ¡°sim ao respeito e à ternura, sim à justiça misericordiosa e não à vingança e ao ressentimento¡±; é preciso promover "redes e encontros para difundir a esperança de que podemos nos libertar das armadilhas do mal¡±, concluiu Francisco, para nos curarmos, nos levantarmos, transformando ¡°o mal em bem¡±.

A edição da revista de janeiro

Na edição de janeiro de ¡°Piazza San Pietro¡±, além das palavras do Papa, há imagens do fotógrafo americano Steve McCurry, autor da famosa foto ¡°Afghan Girl¡±, que, capaz de ir da fotografia de rua, à fotografia de guerra e urbana, e aos retratos, nas suas fotos restaura a beleza e a espiritualidade do centro do cristianismo. O cardeal Pietro Parolin, então, lança um ¡°grito contra a guerra mundial destruída¡±, enquanto a contribuição de Susanna Tamaro, intitulada ¡°A esperança nasce da f顱, nos leva a refletir sobre a importância de acreditar em tempos difíceis.

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22 janeiro 2025, 08:00