ҽ

2024.11.25 Delegazione Internazionale Jainista

Papa a jainistas: cultivar a fraternidade para cuidar uns dos outros e da casa comum

Uma delegação de 40 pessoas que representa o jainismo, uma das religiões mais antigas do mundo baseada na não violência e compaixão por todo ser vivo, foi recebida por Francisco no Vaticano. O Pontífice encorajou a continuar construindo "amizade social, solidariedade e paz duradoura", cuidando "da terra, dos pobres e das pessoas mais vulneráveis na sociedade": "jamais devemos nos esquecer dessa fraternidade universal".
Ouça a reportagem com a voz do Papa e compartilhe

Andressa Collet - Pope

A série de audiências desta segunda-feira (25/11) começou com um encontro inter-religioso no Vaticano, quando o Papa Francisco recebeu uma delegação internacional que representa o jainismo, uma das religiões mais antigas do mundo baseada nos ensinamentos do filósofo indiano Mahāvīra (que viveu no IV século a.C.) de não violência e compaixão por todo ser vivo. Na Sala dos Papas, o Pontífice agradeceu a presença do grupo de 40 pessoas provenientes de vários países e coordenadas pelo Instituto de Jainologia de Londres, uma visita que se insere "no crescente diálogo entre jainistas e cristãos, que vem ocorrendo há décadas, promovido pelo Dicastério para o Diálogo Inter-religioso". Momento em que Francisco pediu uma oração especial pela saúde do prefeito, o cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot:

"Também gostaria de lhes dar uma notícia não muito boa: o chefe deste Dicastério, o cardeal Ayuso, está muito mal de saúde, está perto da morte. Uma bela oração por ele."

“Jamais devemos nos esquecer dessa fraternidade universal", afirmou o Papa
“Jamais devemos nos esquecer dessa fraternidade universal", afirmou o Papa

Amizade social, solidariedade e paz duradoura

Os representantes do jainismo, como recordou o Papa, seguem o mesmo compromisso dos cristãos de buscar "maneiras de cuidar da terra, dos pobres e das pessoas mais vulneráveis na sociedade". São áreas de reflexão e ação que se tornaram muito importantes para os nossos tempos, marcados pelo "individualismo e indiferença", que levam muitas pessoas "a desconsiderar a dignidade e os direitos do próximo, principalmente em contextos multiculturais". Por um lado, resumiu o Papa, "há grupos que dominam e excluem as minorias, permanecendo surdos ao 'grito da terra e ao grito dos pobres' (Carta Encíclica Laudato si', 49)".

"Por outro lado, há aqueles que se propõem construir a amizade social, a solidariedade e uma paz duradoura. Três coisas que devemos ter sempre em mente: amizade social, solidariedade e paz. Infelizmente, esses esforços construtivos são frequentemente dificultados e bloqueados. No entanto, não devemos desanimar nem ter medo de semear esperança por meio de iniciativas que cultivem o senso de humanidade em nós, crentes, e em todos."

A delegação era comporta por 40 pessoas provenientes de várias partes do mundo
A delegação era comporta por 40 pessoas provenientes de várias partes do mundo

Um compromisso constante e conjunto para fortalecer "a vontade comum de trabalhar juntos para construir um mundo melhor":

“Jamais devemos nos esquecer dessa fraternidade universal. Toda pessoa de boa vontade pode difundir amor, dedicar-se aos necessitados, respeitando as diferenças. É esse estilo que sempre nos dá nova energia para cuidarmos uns dos outros e da casa comum.”

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

25 novembro 2024, 10:44