Papa: a Igreja seja testemunha de coragem, beleza e esperan?a!
Pope
"A coragem de começar, a beleza de estar e a esperança de crescer" estes foram os três aspectos ressaltados pelo Papa ao se reunir no Santuário de Maria Auxiliadora de Papua Nova Guiné com os bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas, seminaristas e catequistas. O nome do Santuário remete a Dom Bosco, que se sentiu inspirado por Nossa Senhora a construir uma igreja em sua homenagem, prometendo-lhe grandes graças. "E assim aconteceu: a igreja foi construída ¨C uma maravilha ¨C e tornou-se centro de irradiação do Evangelho, de formação dos jovens e de caridade, ponto de referência para muita gente."
Esta história pode inspirar também o caminho cristão e missionário da Igreja de hoje, afirmou o Papa, tendo por primeiro "a coragem de começar". A mesma coragem que tiveram santos e beatos representados nos vitrais do santuário, como Pedro Chanel, João Mazzucconi e Pedro To Rot, mártires da Nova Guiné, e depois Teresa de Calcutá, João Paulo II, Maria McKillop, Maria Goretti, Laura Vicuña e Zeffirino Namuncurà, Francisco de Sales, João Bosco, Maria Domenica Mazzarello. "É graças a eles, aos seus 'começos' e 'recomeço', que estamos aqui e, hoje, apesar dos desafios que também não faltam, continuamos a avançar, sem medo, sabendo que não estamos sós: o Senhor age, em nós e conosco."
A este respeito, o Papa indicou uma via importante para onde dirigir os ¡°começos¡±, ou seja, as periferias do país. "Penso nas pessoas que pertencem às camadas mais desfavorecidas das populações urbanas, bem como nas que vivem em zonas mais distantes e abandonadas, onde chega a faltar o necessário. E ainda naquelas que, por causa de preconceitos e superstições, são marginalizadas e feridas, moral e fisicamente. A Igreja deseja estar particularmente próxima destes irmãos e irmãs", garantiu Francisco.
O Pontífice pediu que os presentes não esqueçam do estilo de Deus: compaixão, ternura e proximidade. "Se um bispo, consagrado, sacerdote não é terno, compassivo e próximo, não tem o espírito de Jesus", acrescentou.
Isto leva ao segundo aspecto: a beleza de estar. Não existem ¡°técnicas¡± para o fazer, mas simplesmente cultivar e partilhar com nossos irmãos a alegria de ser Igreja. "A beleza de estar não se experiencia tanto em grandes eventos e momentos de sucesso, mas sobretudo na lealdade e amor com que, quotidianamente, nos esforçamos por crescer juntos."
E, deste modo, chega-se ao terceiro e último aspecto: a esperança de crescer. É ter confiança na fecundidade do apostolado, continuando a lançar pequenas sementes de bem nos sulcos do mundo. Podem parecer minúsculas, mas darão fruto. "Por isso, continuemos a evangelizar, com paciência, sem nos deixarmos desencorajar pelas dificuldades e incompreensões", encorajou Francisco.
"Continuem assim a sua missão, como testemunhas de coragem, beleza e esperança! Agradeço por tudo o que fazem, abençoo-os de coração e peço, por favor, que não se esqueçam de rezar por mim", concluiu o Pontífice.
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