Pa¨ªses em guerra: sejam respeitadas as popula??es e ouvido seu grito de paz, ¨¦ o apelo do papa
Pope
Periferias existenciais, guerras esquecidas, sofrimentos dos quais quase ninguém fala. Logo após rezar o Angelus neste domingo, 28 de janeiro, o Papa voltou seu olhar para uma terra e um povo que lhe é muito caro: a população de Mianmar (ex-Birmânia), e do qual nunca esqueceu a riqueza cultural, os desafios e os tantos sofrimentos. O golpe militar de fevereiro de 2021 voltou a mergulhar o país nas sombras, substituindo uma frágil democracia.
Há três anos que o choro de dor e o barulho das armas ocupam o lugar do sorriso que caracteriza a população de Mianmar. Uno-me, portanto, à voz de alguns bispos birmaneses, «para que as armas de destruição se transformem em instrumentos para crescer em humanidade e justiça». A paz é um caminho e convido todas as partes envolvidas a dar passos de diálogo e a revestirem-se de compreensão, para que a terra de Mianmar alcance a meta da reconciliação fraterna. Seja permitido o trânsito de ajudas humanitárias para garantir as necessidades de cada pessoa.
"Onde quer que se combata: respeitem as populações!"
24 de fevereiro de 2024 marcará os dois anos do início da invasão russa da Ucrânia. Já em outubro de 2023, após o massacre por obra do Hamas que matou cerca de 1.200 pessoas, Israel deu início a uma ofensiva na Faixa de Gaza que já matou mais de 26 mil palestinos. A exortação de Francisco a empreender um caminho de paz e respeitar as populações, é dirigida portanto também a essas terras e "onde quer que se combata":
E o mesmo acontece no Médio Oriente, na Palestina e em Israel, e onde quer que se combata: respeitem as populações! Penso sempre com preocupação em todas as vítimas, especialmente civis, causadas pela guerra na Ucrânia. Por favor, seja ouvido seu grito de paz: o grito das pessoas, que estão cansadas da violência e quer que acabe a guerra, que é um desastre para os povos e uma derrota para a humanidade!
Libertação das religiosas no Haiti
As seis irmãs da Congregação de Sant¡¯Ana que haviam sido sequestradas no dia 19 de janeiro em Porto Príncipe, Haiti, foram libertadas, juntamente com as outras pessoas que as acompanhavam e que foram tomadas como reféns por homens armados que bloquearam o ônibus em que viajavam. No Angelus do domingo, 21 de janeiro, o Papa havia feito um ¡°sentido¡± apelo pela libertação das seis religiosas e pelos dramas que a ilha está vivendo: "Rezo pela harmonia social no país e peço a todos que ponham fim à violência que está causando tanto sofrimento àquela querida população". Neste domingo, 28, foi a vez de agradecer pela sua libertação:
Tomei conhecimento com alívio da libertação das religiosas e de outras pessoas sequestradas com elas no Haiti na semana passada. Peço que sejam colocados em liberdade aqueles que ainda são sequestrados e que acabe toda forma de violência; todos devem oferecer a sua contribuição para o desenvolvimento pacífico do país, para o qual é necessário um apoio renovado da comunidade internacional.
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