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O contexto preocupante de instabilidade internacional demonstra "a necessidade de coesão social, fraternidade e reconciliação entre grupos e comunidades". É o que se lê em uma mensagem do Papa, assinada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, enviada aos participantes da Conferência das Semanas Sociais da França, que está sendo realizada em Lyon até domingo (26). "Hoje, mais do que nunca", diz o texto, "compreendemos a relevância da ecologia integral, de acordo com o magistério do Papa Francisco, que aborda simultaneamente as crises sociais e ambientais e nos exorta a não separar o que está intimamente conectado".

Proteger a criação é tarefa de todos

A mensagem cita passagens da Laudato Deum, onde o Papa lembra que "o compromisso pessoal com a proteção da criação" não é, por si só, suficiente para "enfrentar a crise climática que estamos vivendo atualmente". O que é necessário é um novo processo no qual a política também esteja envolvida, assim como vários atores sociais e órgãos intermediários. O convite feito pela Fratelli tutti "para construir uma sociedade animada por sentimentos de amizade e fraternidade torna-se uma proposta concreta para explorar novas formas de cooperação".

Os católicos se mobilizem na esfera social

A presença do Papa na COP28 em Dubai é um testemunho, se lê ainda na mensagem, "do seu compromisso que incita todos os católicos a se mobilizarem com clareza e determinação na esfera social". É a fé que liga "os discípulos do Senhor mais profundamente ao destino da humanidade, de todos os seres vivos e da casa comum". O desejo aos presentes na conferência é que seu olhar "sustente a Igreja da França na sua missão" e que sua esperança seja tão radical quanto "a novidade do Senhor Jesus", que "brilha particularmente entre os pobres, longe da lógica do poder, onde o Reino de Deus já está mudando as mentes e os corações e prepara o nosso futuro".